Sidrama juntou mais de 100 sidras de todo o mundo em Ponte de Lima

Durante três dias, a Avenida dos Plátanos, em Ponte de Lima recebeu o Sidrama, o primeiro festival de sidras e bebidas de pomar em Portugal. Um evento com diversos expositores e com mais de 100 sidras diferentes para os visitantes experimentares a bebida de eleição do festival de várias partes do mundo.

A maça é um produto natural de Ponte de Lima, e para Vasco Ferraz, presidente da Câmara de Ponte de Lima, essa fruta tem ganho destaque face aos anos anteriores em que “terá perdido a sua relevância para o vinho”. “Mas aquilo que nós queremos é promover a retoma da sidra dando alguma viabilidade aos orçamentos das famílias, porque praticamente toda a gente tem macieiras ou pequenos pomares, e é importante valorizar o produto, destacando as nossas maças, que não tem um valor comercial. O que nós queremos é valorizar um produto regional que nós temos”, afirma Vasco Ferraz.

A iniciativa é organizada pelo município e pela OG&Associados, e Otávio Costa, salienta que a ideia de criar este festival é uma maneira de “ressuscitar um recurso que está em todas as partes, e ninguém o aproveita”. “O nosso objetivo é que Ponte de Lima se posicione internacionalmente como um destino turístico de sidra, e que a Sidra seja associada a esta Vila para que seja um benefício para toda a gente mas sobretudo para a própria população. Mas a sidra para existir tem que haver consumidores, e nada melhor que este festival”, refere o elemento da organização.

“A maça e a sidra neste momento são uma trend, que já se tornou numa moda. É uma bebida de mercado que existe na Europa com muita força e que está a entrar em Portugal e que nós vemos esse destaque através das industriais.”

Otávio Costa, da empresa que organiza o Sidrama, alerta que muitas das bebidas que estão no mercado não são verdadeiramente sidras e que para ser destacada como sidra, a bebida tem de resultar totalmente da fermentação de sumo de maçã, explicando que as marcas mais industriais no mercado são refrigerantes e que não mostram o verdadeiro sabor da sidra.

Com uma dezenas de expositores e com sidras produzidas em vários países, Duarte Moura, apresenta a Sidra Alfa, da região de Carrazeda de Ansiães, onde produzem e estremem as maças para depois irem para a cuba fermentar e depois dão sidras secas. “Começamos este projeto a seis anos, com as nossas maças. Mas estamos a vender a três anos. Temos três tipos de sidra. Uma mais frutada, uma mais seca e um espumante de sidra. É 100% maça e não tem absolutamente mais nada, nem água, nem açúcar, é só maça”, e acrescenta que é importante criarem estes eventos para “divulgar as sidras que é um produto inexistente, onde as únicas mais conhecidas são as comerciais e é importante divulgar as tradicionais e artesanais”.

Este festival aconteceu na Avenida do Plátanos, e, além das sidras e bebidas de pomar, houve workshops e harmonizações ao vivo, colóquios e degustações e ainda petiscos para acompanhar a sidra.

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