Enquanto membro da comunidade escolar do Colégio do Minho, tenho ouvido falar das Jornadas Mundiais da Juventude, (JMJ). Por mais panfletos que recebesse, por mais impressões que trocasse e por mais vezes que se pronunciasse a sigla JMJ todo este evento era, para mim, ainda um pensamento inócuo, uma realidade distante.
Somente no passado dia 26 de janeiro, pude constatar a dimensão desta jornada com a receção dos símbolos que a acompanham no meu espaço educativo. Primeiramente, no polo do secundário, tendo posteriormente transportados para a capela diocesana, onde ficou até ao dia seguinte. Depois da oração da manhã, os alunos do secundário ajudaram a transportá-la até à sede tendo sido acolhidos estes símbolos pelos alunos do Básico. Em hora certa acolhemos a imponente cruz peregrina e o radiante ícone de Nossa Senhora. Em retribuição, também eles nos acolheram e presentearam com um dos mais belos momentos que tive o prazer de vivenciar no meu colégio.
Como católico sinto-me bastante familiarizado com os sinais da minha religião. Contudo a presença destes dois é, independentemente da crença individual de cada um, um grande testemunho dos bons valores humanos e uma fonte viva de esperança. Ainda que desconheçamos a vasta caminhada dos símbolos, contemplámos neles a fé da Humanidade. É emanada, de forma quase telúrica, a força de todos aqueles que os carregaram, que tocados por eles oraram, sonharam a paz que com eles foi alcançada, o peso da juventude, o espírito peregrino, a crença num futuro melhor.
Como Maria que conforta o menino nos braços, como a cruz que só com a vontade conjunta do Homem se leva em diante, possamos também nós partilhar o amor, o espírito fraterno e a boa vontade com todos aqueles que até nós peregrinam nas “jornadas” vindouras.