O antigo autarca vianense (PSD) lançou um livro sobre a experiência vivida em Angola (1972-1973). Carlos Branco Morais disse, na apresentação da obra, que aconteceu na manhã do último sábado, não ter medo, “agora”, de reproduzir as crónicas escritas há mais de uma década e que ainda não tinham sido tornadas públicas.
“Estou convencido que agora a verdade já pode ser dita sem custos pesados, não para mim, mas para muitos dos que participaram nas campanhas de Angola”, referia o autor, que publica em Portugal e nos países lusófonos.
Carlos Branco Morais contava que nas 360 páginas do livro, editado pela editora Lumar, e organizado em oito capítulos, são contados relatos de factos, acompanhados por gravuras da época. “Aqui a preocupação foi valorizar o texto”, por esse motivo as imagens aparecerem em tamanhos reduzidos.
O autor esclarece que “além de um livro de memórias pretende ser um contributo para a memória”. E tem como propósito “sarar feridas” e “contribuir para a paz em Angola”. “A verdade da história tem de ser contada. Este é um livro de factos verdadeiros. As pessoas estão identificadas e os factos datados”.
Na mesa da apresentação estavam o presidente do Centro de Estudos Regionais, da Fundação da Caixa Agrícola do Noroeste, da Biblioteca Municipal e do Conselho de Administração da Caixa Crédito Agrícola. José Correia da Silva, enquanto angolano, dizia que “muitas das histórias que estão aqui contadas não as vivi, mas percebi-as”.
O presidente do Conselho de Administração manifestava que “o autor faz um retrato da vida dos militares e da vida social de Angola. A política faz todo o sentido, as espadas não fazem sentido”, esclarecia.