“Tarefas duras” dos pescadores e agricultores e “beleza” dos trajes desfilaram nas ruas de Viana

Foram três mil os figurantes a desfilar durante cerca de três horas pelas ruas de Viana do Castelo. O segundo dia da Romaria d´Agonia é dedicado ao cortejo histórico-etnográfico,que este ano tinha como temas principais a canonização de Bartolomeu dos Mártires e o sexagésimo aniversário da construção do Templo de Santa Luzia.

“Hoje vimos a tarefa duras dos pescadores, o trabalho do campo e a arte e beleza com as mordomas e o ouro, que faz parte”, dizia o autarca vianense. José Maria Costa volta a insistir na comparação da Romaria com o poema à vida que “transparece e atrai muita gente a Viana, porque sabem que o que vão ver são coisas genuínas e fazem parte das vivências das pessoas”.

Para o líder socialista, os quadros hoje apresentados são algo a “preservar”. Deixando um elogio à Comissão de Festas que “tem feito um esforço muito grande para depurar algumas imprecisões. Tem havido um trabalho de pedagogia. Hoje tivemos mais de três mil pessoas a desfilar”.

“Tivemos situações novas e diferentes. As atividades agrícolas e piscatórias. Foi tudo com um humor muito saudável”, referia Maria José Guerreiro. Adiantando que “estão mais pessoas do que é normal”.

Este ano e pela primeira vez, a abrir o Cortejo ia a Charanga a cavalo da GNR, 16 homens desfilaram desde o Jardim da Marina até ao Campo da Agonia. Em frente à tribuna das individualidades, localizada na Avenida dos Combatentes da Grande Guerra, apresentaram três músicas.

Seguiu-se o carro-cartaz vivo da Romaria, com a presença da mordoma Salomé Silva, que é a cara da Romaria. Ao longo do cortejo, onde participa a comunidade, quer através dos ranchos folclóricos, grupos musicais ou individualmente foram apresentados vários quadros da vida quotidiana e histórica do concelho de Viana.

Câmara vai voltar a conversar com os pescadores

O JN, na sua edição online avançava hoje, dia 17 de agosto que “os 28 armadores das embarcações de Viana do Castelo afetadas pela instalação de um cabo marítimo de ligação do parque eólico WindFloat a terra, decidiram, este sábado, não aceitar o valor das compensações e as contrapartidas propostas pela REN”.

Na notícia o jornal e citando o porta-voz dos 28 armadores, António Coimbra, diz-se que haverá nova reunião com o autarca vianense para segunda-feira, dia 19. Aquele responsável manifesta, no entanto, que não vão impedir a realização da procissão ao mar, contudo, adianta que se as conversações não lhes forem favoráveis admitem que não participam.

O autarca vianense garantia que “tenho a certeza que vai correr tudo bem.  Tive reunião com os pescadores e houve a garantia de que não haveria boicote à procissão”. José Maria Costa adiantava, contudo, que o diálogo com os pescadores se manteria em conversações. “Ainda hoje estive a falar com representantes dos pescadores. Na segunda-feira vou continuar a falar. O diálogo está aberto. Tenho tentado mediar junto do Governo e tem havido muita abertura. Estou certo que a Procissão ao Mar será muito bonita e onde as gentes da Ribeira vão mostrar, uma vez mais, a sua devoção à Senhora d`Agonia”.

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