Um terreno, no lugar de Areia, em Darque, cedido em 2000 ao Ministério da Administração Interna para a instalação de uma nova esquadra da PSP volta para a posse do Município de Viana do Castelo. A reversão da deliberação de cedência foi aprovado por maioria com os votos contra da vereadora da CDU e a abstenção dos dois vereadores do PSD.
José Maria Costa manifestou que esta decisão vem no seguimento da mudança de estratégia da PSP de não criar mais esquadras. “Havia a intenção da autoridade da polícia de fazer um conjunto de esquadras nas áreas urbanas, e como a freguesia de Darque teria sido objeto deste alargamento da área de responsabilidade da PSP, encontramos essa solução. Acontece que passados 18 anos muita coisa mudou e mudou a aquilo que foi a própria estratégia da polícia que mais tarde houve a orientação de que haveria um reforço policial nas esquadras porque não havia meios” para a construção de novas esquadras, explica.
O autarca vianense garante que não está em causa a necessidade de segurança da população de Darque. “Entendemos que era necessário haver um reforço de meios da PSP para a cidade de Viana do Castelo. E se a qualquer momento, houver intenção da PSP de criar um conjunto de esquadras, Darque continua a ser o local onde é necessário existir uma presença. E temos lá terrenos disponíveis para instalarmos de imediato uma esquadra da PSP”.
O terreno será utilizado para a criação de um interface rodoferroviário, incluído na estratégia de mobilidade. “Em 2016 aprovamos a nossa estratégia de reabilitação urbana e definimos como uma das prioridades a melhoria da mobilidade da freguesia de Darque e a melhoria da mobilidade passava por criarmos condições para que o apeadeiro do lugar da Areia, em Darque, pudesse ser melhorado e ter outras condições. Naquela altura, identificámos a construção de um iterface rodoferroviário que permitisse fazer a melhoria das ligações.Ter uma área de estacionamento de apoio para bicicletas, e para viaturas e ainda a paragem de autocarro. Ao ultimarmos o processo e a candidatura detetamos que ainda não tínhamos regularizado a reversão deste terreno por parte da PSP e foi isso que foi aprovado”.
A vereadora da CDU pedia que o ponto fosse retirado para que o novo Executivo de Darque se pronunciasse. Contudo, ao ver negada a proposta, Cláudia Marinho votou contra e elencou 10 razões. Entre elas refere que “a Vila de Darque precisa e anseia de transmitir maior segurança aos seus habitantes e por isso reclama uma esquadra da PSP há mais de 30 anos”. Explicando ainda que “entende a CDU, que este assunto, em primeiríssima mão diz respeito aos darquenses e por isso, consideramos que o executivo recém-eleito nas eleições intercalares de 02 de setembro devia ter a oportunidade de se pronunciar, como tal o nosso voto contra perante tal situação”.
O PSD abteve-se e a vereadora Paula Cristina Veiga manifestava que “entendemos as razões da população de Darque no que se refere à segurança, mas entendemos também as razões do Executivo”. Lembrando ainda que “o Executivo ao fazer esta retificação deveria ter tido em consideração promover um protocolo de entendimento com a população e as forças de segurança no sentido de garantir a possibilidade de escolha de um terreno”.