Trabalhadores da DS Smith em Viana do Castelo desconvocam greve

Os trabalhadores da DS Smith, em Viana do Castelo, desconvocaram a greve que deveria ter começado hoje, por terem aceitado a proposta “excelente” apresentada pela empresa britânica de produção de papel e embalagens.

“A redução do horário de trabalho, para as 37,5 horas semanais, há muito ambicionada pelos trabalhadores compensou bastante o valor do aumento salarial. Foi uma excelente proposta e uma excelente negociação para nós”, afirmou à agência Lusa o coordenador da comissão de trabalhadores.

José Flores, que é também dirigente do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Norte (SITE Norte), explicou que o horário semanal de trabalho não estava uniformizado entre os cerca de 300 trabalhadores. Uns cumpriam 39 horas semanais e outros 37,5.

Com o acordo, proposto na terça-feira pela administração da DS Smith, “passam todos a cumprir as 37,5 horas por semana”.

Os trabalhadores reivindicam também “um aumento do salário em 4,3%, no mínimo de 150 euros e um aumento de 4,3% nas cláusulas pecuniárias que inclui subsídio de alimentação, prevenção e prémio de risco, entre outras”.

“O acordo foi fechado com um aumento salarial de 4,3% no mínimo de 110 euros e de 4,3% nas cláusulas pecuniárias”, especificou.

Os trabalhadores paralisaram entre os dias 27 e 30 de abril e tinham um pré-aviso de greve, que acabou desconvocado, a partir das 00h00 de hoje e até às 24h00 de sábado.

A fábrica de Viana do Castelo começou a ser construída em 1971, mas a laboração contínua começou em janeiro de 1974.

Atualmente, a fábrica está a ser alvo de um processo de modernização, anunciado em 2023, no valor de 145 milhões de euros.

A DS Smith é líder global de ‘packaging’ sustentável à base de fibra de papel, com operações de reciclagem e produção de papel.

Com sede em Londres e membro do índice FTSE 100, a DS Smith opera em 34 países, emprega cerca de 30 mil pessoas e é um parceiro estratégico da Fundação Ellen MacArthur.

A sua história remonta ao negócio de fabrico de caixas de cartão, iniciado na década de 40, do século passado, pela família Smith.

Lusa

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