Trabalhadores de radiologia em Viana querem reunião com empresa

O sindicato dos técnicos de diagnóstico e terapêutica quer uma reunião “urgente” com a concessionária de Imagiologia na Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM), para reverter a rescisão dos contratos de 17 dos 28 trabalhadores.

“A empresa que está com a concessão desse serviço enviou cartas de rescisão dos contratos a 17 dos 28 trabalhadores do serviço de Imagiologia, com efeitos a partir de 31 de março”, afirmou, à Lusa, o presidente do Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica (STSS), Luís Dupont.

De acordo com o responsável, “hoje, em plenário de trabalhadores, ficou decidido que a reunião tem de ser marcada para a próxima semana, e se não houver, por parte desta empresa, um recuo neste despedimento, avançam as formas de luta”.

“Mais para o fim da próxima semana, teremos de tomar uma decisão se vamos avançar já para foras de protesto contra esta empresa, por causa das condições de trabalho e da rescisão dos contratos que nós consideramos que são ilegais”, disse.

Há vários anos que aqueles profissionais “reclamam a integração nos quadros da ULSAM por serem responsáveis por todos os exames imagiológicos, ainda mais importantes, nesta altura, para o rastreio, acompanhamento e evolução dos doentes internados com covid-19”.

Contactado hoje pela agência Lusa, o administrador da empresa, Luís Fraga, explicou que a empresa “só fazer contratos pelo período de três anos que é a duração da concessão”.

“Não posso fazer um contrato, indefinido, quando com a ULSAM tinha um contrato por três anos”, especificou.

“Informamos os trabalhadores que tinha acabado o contrato assinado há três anos e que vigorou pelo período definido para a concessão. Não há nenhum despedimento aqui. Naturalmente, compreendemos a situação deles, tivemos o cuidado de lhes dizer isso e estamos totalmente disponíveis para reunir e, de forma concertada, ver qual é a solução”, reforçou.

“Nós também concorremos e, com certeza, que se formos a entidade a quem irá ser adjudicado o serviço para os próximos três anos, naturalmente, que contaremos, novamente com todos estes colaboradores, porque tiveram uma excelente prestação”, afirmou.

O presidente do STSS, Luís Dupont disse que vai aproveitar a reunião solicitada à empresa para abordar “as ilegalidades relacionados com os direitos dos trabalhadores”.

“Existem muitas irregularidades, como falsos recibos verdes, sucessivos contratos a termo com empresas e para o mesmo objeto e para o mesmo posto de trabalho, o que no nosso entendimento é ilegal”, especificou.

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