Três trabalhadores da loja do Pingo Doce, situada na rua de Aveiro, foram os únicos que se juntaram, na manhã de 22 de fevereiro, a elementos do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (STCESP) para exigir “melhores condições de trabalho”.
José Branco é funcionário e sindicalista e dava conta do receio em fazer protestos. “Muitos trabalhadores pedem para fazermos ações, mas na hora da verdade e com medo de represálias não aparecem. Infelizmente elas (represálias) sentem-se”, frisava.
A concentração foi convocada pelo STCESP e pretendem, entre outras, o aumento salarial, contratação de novos trabalhadores e sobretudo o fecho das lojas ao domingo.
A coordenadora local do STCESP lamenta a falta de vontade de negociar por parte da administração do grupo. “Na última negociação ofereceu 11 cêntimos de aumento de salário e em contrapartida quer o banco de horas, que não é mais do que trabalho gratuito”, acentuava. Rosa Silva manifestava também que “estes trabalhadores estão há anos com os salários congelados”.