Setembro é o mês das vindimas, e na adega Phulia é tempo de colher as uvas num ambiente de trabalho, mas ao mesmo tempo festivo e de convívio. Durante uma pausa nas vindimas de sábado, 17 de setembro, durante a iniciativa do “Open Day”, ficamos a conhecer este projeto, o Phulia Wines, que nasce do empreendedorismo de João Martins e Luís Simplício, naturais de Viana do Castelo, e com uma forte ligação à agricultura.
“Ainda estávamos a estudar Engenharia Agronómica, em Coimbra, quando em 2012 ficamos com a vinha de um familiar, e a ideia inicial era fazer uvas para vender, mas imediatamente ocorreu-nos a ideia de produzir vinho”, afirma Luís. Este acrescentou que o apoio e o incentivo dos mais próximos foi fundamental para “a criação da nossa marca”.
No ano de 2013 surgiu o lançamento do primeiro vinho, o Phulia Loureiro. A escolha do nome “Phulia” associa-se à folia das tradições minhotas, ligadas à cor, aos aromas, a alegria e às festividades. “Sendo jovens, e estando nesta margem do rio Lima, e infelizmente, como sabemos grande parte da agricultura em geral está em decadência, tentamos trazer uma força, uma lufada de ar fresco, e é isso que também nos move a preservar as nossas origens”, salienta João.
O projeto foi crescendo, e neste momento já contam com uma produção de 15 mil garrafas por ano e segundo afirma Luís Simplício: “começamos com uma gama clássica, o Phulia 100% Loureiro, a gama mais conhecidos da região. Fruto da evolução do projeto Phulia quisemos potenciar vinhos diferentes. Neste momento temos, o Mordoma concebido através de uvas 100% alvarinho provenientes de vinhas plantadas na margem norte do rio Lima e com um perfil mais atlântico, o espumante Mal Acabado, em parceria com a Rita Sousa que nasce na região dos Vinhos Verdes e da sub-região do Lima, e o Desvirtuado que é totalmente fora da caixa, trata-se da nossa representação do loureiro do Vale do Lima com uma influência mais atlântica”.
No sábado, 17 de setembro, decorreu a iniciativa “Open Day – Vindimas em Phulia”, um dia de convívio onde “recebemos os familiares, amigos, ou quem se queira juntar de forma a conhecer o nosso conceito, os nossos produtos, a nossa filosofia, que é muito direcionada para a proximidade com os outros e com o cliente, e acima de tudo não é um dia de trabalho. É um dia de festa, onde nos juntamos e partilhamos momentos de alegria e folia, como o nome assim o indica”, afirma João Martins.
Olhando para o futuro, os jovens pretendem divulgar e levar os vinhos além fronteiras e afirmam que “temos a previsão de crescimento da área para aumento de produção própria. Começamos no ano de 2013 com 700 garrafas por ano e neste momento estamos nas 15 mil. Só temos boas razões para querer e ambicionar ainda mais”, salientam os responsáveis. Contudo, continuam a afirmar que “temos os pés bem assentes na terra”.