Unidades de retaguarda sem infetados

O Centro de Acolhimento Temporário de Viana do Castelo, destinado à Covid-19 e criado na Pousada da Juventude da cidade, foi desativado no fim de maio sem ter recebido infetados, mas não será desmontado.

O presidente da Comissão Distrital de Proteção Civil de Viana do Castelo, Miguel Alves, explicou que a desativação daquela estrutura foi concertada com o secretário de Estado da Mobilidade, coordenador regional Norte da Covid-19, Eduardo Pinheiro.

“Face à forte diminuição de novos casos de infeção no distrito de Viana do Castelo, tendo em conta que não existem internados na Unidade de Cuidados Intensivos no Hospital de Santa Luzia, sabendo-se da evolução global positiva da situação no território, o próximo passo será o de dispensar as equipas de apoio que estão permanentemente no espaço de modo a poderem prestar serviço noutro local”, explicou Miguel Alves.

O centro de acolhimento temporário abriu portas no dia 21 de abril, na Pousada da Juventude de Viana do Castelo, para receber os utentes de lares do Alto Minho infetados com Covid-19, com uma capacidade imediata para 16 pessoas, podendo, contudo, chegar às 50.

O socialista, que preside a Câmara de Caminha, acrescentou que “a estrutura que foi montada será mantida, desde as camas a todas as estruturas, por dever de cautela e tendo presente um cenário mais pessimista de um novo pico ou uma segunda vaga” da doença.

CENTRO CULTURAL E SEMINÁRIO DIOCESANO

A unidade de saúde instalada no centro cultural de Viana do Castelo, para receber infetados com Covid-19 e que não chegou a ser utilizada, vai ser desmontada no mês de junho, informou hoje a Câmara local.

Em resposta por escrito a um pedido de esclarecimento enviado pela agência Lusa, o município de Viana do Castelo explicou que a instalação daquela estrutura representou “um investimento de 12 mil euros, entre montagem e adaptação do espaço“.

“Regista-se que, felizmente, a sua utilização não foi necessária graças ao trabalho promovido pelas entidades de saúde“, refere a autarquia presidida pelo socialista José Maria Costa.

Em abril, a Câmara de Viana do Castelo disponibilizou à Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM) uma unidade de retaguarda, instalada na maior sala de espetáculos do Alto Minho para receber idosos infetados com covid-19, evitando a sua permanência em lares.

Já relativamente ao hospital de retaguarda que a Liga de Amigos do Hospital (LAHV) instalou no pavilhão do Seminário Diocesano, a estrutura vai manter-se, pelo menos, até à primeira quinzena de setembro, altura em que a situação será reavaliada.

“Em resposta a uma proposta da Liga dos Amigos, a Diocese de Viana do Castelo disponibilizou as instalações do seminário diocesano para acolher doentes na eventual sobrecarga do hospital de Santa Luzia, durante a atual fase de mitigação da epidemia de coronavírus”, explicou, na altura da sua constituição, em finais de março, o presidente da LAHV, Defensor Moura.

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