Na continuidade do primeiro volume, a autora, Laurinda Figueiras, presenteia-nos com este seu segundo trabalho em continuidade do anterior. Nele descreve os hábitos dos trabalhos do quotidiano uma casa de lavoura de uma “ruralidade que o tempo evaporou” (in prefácio de L.F.M., 1º livro) que, naturalmente, não pode deixar de contemplar a continuidade da riqueza da “empatia da narrativa etnográfica” (in prefácio de A.A.A., 2º livro), de que se apossou sua autora dado à frescura das memórias e afectos de sua meninice.
Este volume (II) tem 51 pp. de texto e oito fotos da autora; o prefácio é de Alberto A. Abreu, com design e impressão da Gráfica Casa dos Rapazes, datado de Julho 2019.
Contempla, para além do prefácio, uma simples citação de homenagem a seus familiares, seguindo-se o corpo do texto p.d., seguindo os capítulos: Usos de Antanho; A casa; A família; “Ouro branco”; A Broa; Na Meadela — Lugar da Igreja; O Caldo de Farinha; Bibliografia; Agradecimento; e Glossário (importante), também contra a falta de memória!…
Como no primeiro opúsculo, este também segue uma narrativa saborosíssima das artes e costumes caseiros de uma casa de lavoura apetrechada com todos os meios (de antanho).
Nela se cultiva os produtos das respectivas épocas do ano, incluindo a criação animal naturalmente “de capoeira”. Com primazia para o porco, cuja matança, anualmente, tinha maior peso na economia da alimentação familiar e mesmo de subsistência das famílias mais ricas, para além de, esse dia, constituir “dia de festa” entre familiares e amigos.
Este “opúsculo II” lê-se com o mesmo saboroso agrado do anterior.