Mais de 50 mil pessoas terão participado, ao longo de dois dias, no Viana Bate Forte. A estimativa – a partir de imagens aéreas captadas por um drone – é do município vianense, entidade responsável pela organização.
A iniciativa decorreu no último fim de semana e já vai na 3ª edição, surgindo, no entendimento de setembro ser já final de verão, um mês mais calmo, inclusive a nível de festivais, mas ainda “interessante” relativamente a uma organização deste género, um festival urbano. A vereadora da Cultura, Maria José Guerreiro, considera-o mesmo um evento também para as famílias que tem ‘crescido’ ano após ano. Todavia, o nevoeiro, tão comum na cidade, não o largou e tornou as noites um pouco menos quentes.
Embora os principais concertos se distribuíssem pelas praças da República e Liberdade, este ano houve cinco palcos, ou seja, mais um relativamente a 2017. Este situou-se no Largo Maestro José Pedro e proporcionou a descoberta de um belo enquadramento a partir da Rua dos Manjovos.
Segundo fonte bem informada, o custo da iniciativa andou pelos 200 mil euros, sendo objeto de uma candidatura a fundos europeus que suporta 80 por cento do investimento. A RTP e, sobretudo, a Rádio Comercial foram os media partner, tidos como importantes pela sua cobertura nacional. O Turismo do Porto e Norte não teve qualquer envolvimento.
Não houve incidentes a registar, foi tudo gente bem comportada! A segurança esteve a cargo de agentes da PSP, junto aos palcos, e de brigadas, “estrategicamente distribuídos” de bombeiros.
A nível do retorno económico, a organização não tem estimativas. Aponta, porém, a restauração e o alojamento local, como mais diretamente beneficiados, “completamente cheios” nesses dois dias. Os cafés e bares funcionaram, essencialmente, na venda de bebidas, até pela componente noturna do evento. A lamentar alguma falta de civismo, vendo-se muito lixo no chão (recipientes das bebidas, essencialmente), no final da noite. Contudo, atentos, os serviços da autarquia trataram de colocar tudo novamente limpo até ao nascer de cada dia.
Todavia, Maria José Guerreiro destaca a vertente de promoção cultural e patrimonial que o “Viana Bate Forte” pode representar, da música portuguesa e do centro histórico da cidade. Colocada perante a hipótese do mesmo poder vir a ter em, futuras edições, iniciativas como conferências, ateliês e workshops ligadas à música e à cultura, admite que sim, reconhecendo que isso o enriqueceria sobremaneira.
Fotos: Joca Fotógrafo