Viana Bate Forte com a melhor música portuguesa

A 3ª edição do Viana Bate Forte, a decorrer a 14 e 15 de setembro, foi já apresentada. Comporta 28 concertos, com entrada livre, em cinco palco distintos. Entre os nomes em cartaz, estão, no primeiro dia, Salvador Sobral, Gisela João, Dead Combo, e Carolina Deslandes, HMB. The Legendary Tigerman e Ana Bacalhau, no segundo. Presentes, também, os vianenses Jarojupe, a mais antiga banda minhota de rock.

O evento, promovido pelo Município de Viana do Castelo, representa um investimento na ordem dos 200 mil euros. Nesse sentido, a autarquia candidatou-o a fundos comunitários de animação e revitalização de espaços urbanos, conforme anunciou Maria José Guerreiro, vereadora da Cultura. Destinado a públicos de várias idades, contempla diversos estilos musicais, nomeadamente, o fado, o rock, soul, funky e hip hop.

Conforme referiu a autarca, a edição do ano passado registou cerca de 25 mil pessoas e, agora, são esperadas mais algumas e “com o tempo a ajudar”. Voltará a haver dois palcos principais, o da Praça da Liberdade e o da Praça da República. Quanto aos outros, além de o da Praça da Erva e da Praça Mexia Galvão, este ano há mais um no Largo Vasco da Gama, mesmo em frente ao Gil Eannes.

“O lado da cidade que estava a ser mais privilegiado era o lado de lá de Avenida (Sta Maria Maior). Tínhamos a crítica de que deste lado (Monserrate) não havia nenhum. Chegamos a ponderar outras opções, acudimos a esta, privilegiamos uma dinâmica entre vários palcos para trazer mais animação”, referiu a vereadora.

A fadista Gisela João, natural de Barcelos e um dos nomes em destaque, marcou presença na apresentação do evento à comunicação social. “Vivi em Darque, os meus avós tiveram lá uma casa, viveram lá e eu passei lá esses anos. Cresci nas Festas da Senhora d’Agonia, os trajes, os ranchos folclóricos. Gravei, no meu primeiro disco, um pedacinho do Vira da Senhora d’Agonia, do Augusto Canário. Telefonei-lhe a pedir autorização. Sou de Barcelos, mas Viana era a minha segunda cidade”, mencionou. “O público minhoto é incrível. É muito reservado e, ao mesmo tempo… está na festa, está ali o palco. Às vezes, está lá atrás, de braço cruzado a ver o que acontece e, de repente, já está tudo na festa”, acrescentou.

Já Jaime Parente, o líder dos Jarojupe, considerou “ser mágico para nós estar presente” e que “Viana afirmou-se como cidade musical”. Deu conta, ainda, de que, no seu concerto do Viana Bate Forte, serão apresentados os temas do seu último trabalho discográfico, “Crimson”. Nele voltam às suas raízes mais pesadas, adicionando toques de uma sonoridade progressiva e melódica.

Além de mostrar o melhor que se faz na música em Portugal, o Viana Bate Forte destaca-se pela envolvência e sinergia criada com o centro histórico da cidade. Tem como cenário um património arquitetónico único, com vários monumentos, igrejas e edifícios centenários, mas também o Rio Lima, o oceano Atlântico e, claro, todo o património cultural, vitivinícola e gastronómico da capital do Alto Minho.

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