Viana do Castelo é o “distrito mais crítico”

Óscar Felgueiras informou que “apesar de ter uma incidência de 869, que aparenta estar dentro da média, a verdade é que o crescimento está a ser muito mais acentuado do que no resto da região”.

Aquele responsável manifestou que “é um crescimento muito acelerado e com a agravante de não ser um crescimento associado à faixa dos 80 ou mais anos. Ou seja, não está associado a surtos em lares. O crescimento dá-se na população ativa e configura uma situação de clara transmissão comunitária generalizada”.

Refira-se, que o distrito de Viana do Castelo (dados da ULSAM) registava, na última segunda-feira, 1902 casos ativos, 641 dos quais na capital de distrito. Em números totais, desde o início da pandemia, o Alto Minho tinha 8.851 casos confirmados, sendo que 1.902 estão ativos. Há 6.780 casos recuperados e 169 óbitos registados.

CONFINAMENTO A PARTIR DE HOJE
Ontem foi votado o estado de emergência e hoje inicia-se, a partir da meia noite, um novo confinamento, idêntico ao registado na primeira vaga, em março/abril, face ao agravar da situação epidémica para números nunca anteriormente registados. Deverá durar, pelo menos, um mês e abranger restauração e comércio, com exceção do considerado mais essencial, nomeadamente do ramo alimentar. Segundo o que o primeiro-ministro, António Costa, ouviu dos especialistas no Infarmed, “nada justifica o encerramento das escolas até aos 12 anos”, ou seja, até ao 6.º ano de escolaridade.

O decreto presidencial do Estado de Emergência, que foi enviado na terça-feira à noite para o Parlamento salvaguarda a livre deslocação dos cidadãos para o exercício do voto nas eleições presidenciais, no próximo dia 24, e prevê a votação nos lares de idosos. Este diploma do Presidente da República, entre outras novidades introduzidas, permite impor testes de diagnóstico do novo coronavírus, ou o confinamento compulsivo de pessoas para a entrada em Portugal.

Desde já, os especialistas advertem que, nas próximas semanas, Portugal “dificilmente conseguirá evitar à volta de 150 óbitos por dia” e 14 mil casos diários.

Para o “galopar” dos casos registados após os períodos festivos do Natal e Ano Novo, com o número diário a chegar, atualmente, aos 10 mil, têm sido apontadas três ordens de razão: uma delas foi a expectativa da chegada das vacinas que terá levado as pessoas a relaxar. Outra o surgimento de novas estirpes do vírus, mais agressivas em termos de contágio e, finalmente, as medidas de “facilitismo” dos decisores políticos, sobretudo, na altura do Natal.

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