Viana do Castelo lamenta a morte de Gerard Bloncourt

A Câmara de Viana do Castelo lamentou, recentemente, o falecimento,  do fotógrafo Gérald Bloncourt. O francês havia sido galardoado, em 2017,  com o título de Cidadão do Honra do município.

A notícia da morte do fotógrafo chegou na segunda-feira, dia 29 de outubro. O funeral está previsto para 05 de novembro, a partir das 14h30 locais (menos uma hora em Lisboa), no cemitério Père Lachaise, em Paris.

A autarquia de Viana, em comunicado, explicou que Gérald Bloncourt foi o fotógrafo responsável pela imortalização da emigração portuguesa em França nos anos 60 e 70. Retratou os bairros de lata, conhecidos como “bidonville” portugueses, mas também fez imagens da viagem clandestina “a salto” para França.

Na Biblioteca Municipal de Viana do Castelo expôs, em 2016, alguns trabalhos do artista, na exposição “Emigração Portuguesa para França na década de 60”, tendo atribuído ao artista o título de Cidadão de Honra a 20 de janeiro de 2017.

As  fotografias de Bloncourt integraram várias exposições em Portugal e França, nomeadamente no Museu Berardo, em Lisboa, em 2008, na mostra intitulada “Por uma vida melhor” e fazem parte dos arquivos da Cité nationale de l’histoire de l’immigration, em Paris, e do Museu das Migrações e das Comunidades de Fafe.

Gérald Bloncourt nasceu em 1926, no Haiti, de onde foi expulso no final da década de 1940 por razões políticas e passou a residir em Paris, onde iniciou uma carreira de fotojornalista que o levou ao encontro dos portugueses nos anos 60 nos bairros de lata dos subúrbios da capital francesa.

Com um arquivo de mais de 200 mil imagens, Bloncourt foi contactado apenas por um punhado de pessoas que se reconheceram nas fotografias, como Maria da Conceição Tina Melhorado, que foi ter com ele 47 anos depois de ter sido fotografada com uma boneca no “bidonville” (bairro de lata) de Saint-Denis, uma imagem que foi o rosto da exposição “Por uma vida melhor”, no Museu Berardo.

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