A Câmara Municipal de Viana do Castelo aprovou no dia 09 de dezembro a segunda revisão orçamental. O orçamento de 2022 teve uma diminuição de 11 milhões devido à não concretização de investimentos.
Na votação, a redução foi aprovada pela maioria socilaista, com os votos contra dos vereadores do PSD, Eduardo Teixeira e Paulo Vale, e a abstenção das vereadoras do CDS-PP, Ilda Novo e da CDU, Cláudia Marinho.
O autarca vianense manifestou que “não se concretizou a expectativa real” do executivo municipal “no acesso a fundos comunitários”. Luís Nobre falou que “foi um ano atípico”, com a realização de eleições legislativas antecipadas. Estes “pressupostos perturbaram as expectativas da execução dos fundos comunitários” e levaram a autarquia a “repensar empreitadas” também afetadas pela “inflação, falta de mão de obra e de materiais”.
Luís Nobre deu exemplo da Unidade de Saúde da Meadela que “nesta altura devia ter um nível de execução maior”. “Há empreitadas que não avançaram nos prazos que estavam perspetivados. O nível de execução da construção da nova ponte sobre o rio Lima, dos acessos rodoviários ao Vale do Neiva, do parque empresarial de Alvarães devia ser superior, o que não acontece”, explicava o autarca vianense.
O vereador do PSD, Eduardo Teixeira, considera que a revisão orçamental “não passa de uma operação de cosmética”. Na declaração de voto da bancada do PSD lia-se que “esta revisão orçamental efetuada a quinze dias do fecho do exercício serve somente para enganar os incautos, sendo caso para dizer com papas e bolos se enganam os tolos, ficando reduzida a uma operação de cosmética tendo como única virtualidade iludir a execução orçamental aquando a prestação de contas”.
Já a vereadora do CDS-PP considera “as razões das correções orçamentais”, contudo “podem vir a induzir em erro o resultado final, ou seja a verdadeira execução”.
A vereadora Cláudia Marinho manifestou o “pouco tempo” para ler os documentos. “Como sabe, todos trabalhamos e lamento a chegada tardia dos documentos para análise”.