O Brexit até é positivo para Viana do Castelo, cujo mercado exportador é diversificado e o Reino Unido não é dos principais parceiros do Alto Minho, como o Algarve, que é o rumo preferido dos turistas britânicos.
A garantia foi dada pelo presidente da Câmara Municipal, que, esta semana, numa unidade hoteleira da cidade, deu a conhecer os principais indicadores económicos do concelho. Segundo disse, na última década, assistiu-se a um crescimento “notável” e isso irá orientar a instalação do Conselho Estratégico e a criação da Agenda da Inovação que deverá ser apresentada em 2021.
José Maria Costa, que estava acompanhado de Luís Nobre, vereador com o pelouro do Desenvolvimento Económico, sublinhou que a atividade empresarial no concelho, com um volume de negócios na ordem dos 2, 8 milhões de euros em 2017, já representa 48% do Alto Minho. De resto, “se em 2009, Viana do Castelo exportava bens no valor de 315 milhões de euros, o valor praticamente triplicou para 800 milhões de euros em 2018, correspondendo a 42% do total do Alto Minho”, garantiu, acrescentando que, na última década, as exportações vianenses cresceram 2, 4 vezes.
PRODUTIVIDADE
A capital alto-minhota é já o 16.º concelho do país no ranking das exportações, uma subida de 12 lugares desde 2009. No conjunto dos 20 concelhos mais exportadores, é o 2.º que mais cresceu desde então e a 5.ª capital de distrito que mais exporta, evidenciou o edil.
Segundo ainda foi referido, é a 3.ª capital de distrito com maior crescimento (entre 2009 e 2017), em termos de produtividade no trabalho, situando-se 22% acima da média da Região Norte. Aferindo que “hoje, Viana é uma cidade globalizada”, onde 17% dos trabalhadores por conta de outrem têm curso superior.
Assinalando que a autarquia tem sido considerada um case study a nível de atração do investimento (2/3 do total é estrangeiro), tendo sido convidado a apresentar a estratégia que tem delineado no estrangeiro, em cidades como Santiago e Antuérpia.
A propósito, Luís Nobre considerou que “Viana do Castelo soube interpretar os custos do contexto e implementar uma série de incentivos e medidas que agilizaram, flexibilizaram e atraíram investimentos. Desde 2013, foi dito, foram criados cinco mil postos de trabalho, em consequência dessas medidas”.
Os setores com maior criação de emprego foram os dos componentes automóvel, metalomecânica/metarlúgica, eólico, turismo e tecnologias de informação.