As cidades minhotas de Braga, Guimarães, Famalicão e Barcelos pretendem constituir uma espécie de quadrilátero urbano, associação também a nível de transportes, nomeadamente com um metro de superfície a ligá-las. Viana do Castelo vai ficar de fora. Luís Nobre, o edil vianense, observou que “temos de ter noção da nossa posição geográfica”.
“Há condições físicas do território que nem o permitem e o custo/benefício nem sempre justifica a implementação dessa infraestrutura. O grande ganho para nós foi a eletrificação da linha ferroviária do Minho. Essa, sim , foi a grande reivindicação”, justificou. Acrescentando: “todavia, agora temos é que estar atentos e aumentar o nosso nível de exigência relativamente aos horários e às frequências. Relativamente à área do Neiva e Darque, faz sentido densificar e encontrar soluções que permitam e mobilizem os utentes a usarem, cada vez mais, este meio de transporte público que é mais ecológico.”
Questionado sobre a ligação com as outras cidades minhotas, o autarca vianense assegurou que “a ligação com Braga está garantida com a eletrização da Linha do Minho”.
“Chegamos a fazer uma avaliação, nomeadamente no prolongamento da linha desde a Póvoa de Varzim, mas percebemos que é difícil a sua implementação por causa das questões territoriais. Daí termos abandonado essa ideia e fixamo-nos mais na modernização da Linha do Minho. Porque, na altura, falava-se de a tornar numa linha turística e no aparecimento do TGV por Braga. De facto, aí havia uma ameaça e defendemos a eletrificação e a restruturação de toda a infraestrutura ferroviária existente, porque, essa sim, trazia sustentabilidade e permite a conectividade com cidades como Famalicão, Barcelos e Braga”, assegura.
Praça Viana e Prédio Coutinho
Questionado sobre o andamento do Praça Viana (antiga Praça de Touros), Luís Nobre observou que a obra “está a desenvolver-se apesar da falta de mão de obra e escassez de muitos materiais, mas está dentro do nosso calendário porque a infraestrutura estava prevista para 2023″.
Já em relação ao edifício Jardim/Prédio Coutinho, a conclusão da demolição estava prevista para março. “Temos que perceber os constrangimentos que vivemos, a Covid, os confinamentos …. O manobrador, que é único com aquele equipamento, no processo de demolição passou também por uma situação de Covid. A máquina parou nesse período e houve a necessidade de criar uma maior segurança. Sei que é urgente e a ansiedade é grande, mas depois de décadas à espera, acho que está a decorrer com bom ritmo.”