O dia 21 de março é, entre outras, o Dia da Poesia e o Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial, e Viana do Castelo decidiu juntar a comunidade de imigrantes num evento cultural. Ao todo, juntaram-se mais de cem pessoas para diversos momentos de leitura e musicais, terminando com um chá da diversidade cultural.
“A música e a Poesia não têm fronteiras nem cor” foi o tema do evento, que aconteceu, ao final da tarde, no Café Concentro do Teatro Sá de Miranda. A organização coube ao grupo de pessoas que estão envolvidos no Plano Municipal para Acolhimento dos Migrantes, desde 2014. “Anualmente fazemos aquilo que chamamos de Encontros Interculturais, em março com o tema da Discriminação, em maio, com o tema da Diversidade e em novembro com o tema da Tolerância”, explica Margarida Torres. Aquela responsável dava conta da presença de mais de 15 nacionalidades. Acrescentando ainda que no último ano, houve um aumento da vinda para Viana de imigrantes italianos, entre outras nacionalidades do continente europeu.
Para além das aulas de português, aquele Plano inclui a organização de diversas sessões de formação e encontros culturais. Margarida Torres explicava que as aulas de português são muito procuradas, tendo alguns professores voluntários. Atualmente funcionam sete turmas com cerca de 85 inscritos.
Leonardo Martinez encerrou o espetáculo com uma música. “A canção da Venezuela” fala do país que deixou para trás há oito meses com a mãe, o irmão Adolfo e as duas cadelas e representa “sentimentos”.
Vieram para Viana do Castelo por uma questão familiar. “Temos uma irmã da minha mãe que casou com um senhor de Âncora e nós decidimos vir para aqui pela questão que está a acontecer no nosso país”, explica o jovem de 19 anos. Acrescentando que foram bem recebidos quer pelos vianenses quer pela comunidade de imigrantes que está presente.