Não, Viana, não temos um problema. Enquanto houver jovens com as ideias, a motivação e, principalmente, com o talento de Susana Lima (violoncelista e autora do projeto), Jean-Philippe de Passos (violinista), Joana Viana (violinista), Sara Rodriguez (violinista), André Ramos (compositor) e Nuno Robani (guia turístico), Viana terá soluções.
Em conjunto, não prepararam uma viagem à lua, mas uma viagem histórica, arquitetónica e musical por alguns dos locais mais emblemáticos da cidade (Forte de Santiago da Barra, Ribeira, Igreja e Largo de São Domingos, Museu das Artes Decorativas, Praça da República, Museu do Traje, Praça da Erva, Rua da Amália, Praça da Liberdade e Navio-Hospital Gil Eannes).
Durante as três horas desta viagem, Nuno Robani tudo explicou sobre o que estávamos a vivenciar e sobre os pormenores da história de cada lugar. Os quatro músicos da Viana d’Arcus apareciam, como que por magia, no interior de alguns desses locais, para nos oferecer momentos musicais adequados ao espaço em questão, e só exequíveis por grandes instrumentistas.
Para mim, a surpresa mais emotiva surgiu no Museu do Traje, quando o quarteto apresentou melodias populares que todos conhecemos, mas que se tornaram ainda mais belas pela qualidade dos admiráveis arranjos de André Ramos.
Senti-me uma enorme privilegiada por integrar o grupo de “turistas” a fazer esta “viagem” na minha própria cidade, mas também por conhecer estes músicos desde a sua adolescência e por os ver crescer cheios de vontade de criar riqueza cultural na sua comunidade.
Se houver uma nova edição, não hesitem em comprar bilhetes.
M. R.