A Ocean Alive, primeira cooperativa em Portugal dedicada à proteção do oceano, revelou, esta semana, que o vídeo realizado pela jovem investigadora vianense Raquel Gaião Silva venceu o concurso “The Global Youth Video Competition”, organizado no âmbito da Cimeira do Clima da ONU.
O vídeo da bióloga portuguesa, que, em 2018, foi a primeira portuguesa a ganhar o prémio mundial Global Biodiversity Information Facility Young Researchers Award, com um trabalho sobre o impacto das alterações climáticas na distribuição de macroalgas na costa Atlântica da Península Ibérica, “foi selecionado entre 400 candidatos de todo o mundo e obteve já mais de 60 mil visualizações do público”.
O trabalho da investigadora de Viana do Castelo será exibido na Cimeira do Clima, na próxima terça-feira, dia 23, em Nova Iorque, e na Conferência das Partes (COP25) em dezembro, no Chile, onde Raquel Gaião Silva marcará presença.
“É uma responsabilidade. Vou tentar dar o meu melhor para desempenhar bem esse papel. Sempre que puder vou falar sobre a importância de mitigarmos as alterações climáticas e caminharmos juntos nesse sentido”, disse, citada pela Lusa, a jovem bióloga de 24 anos, natural de Viana.
“Sinto-me muito orgulhosa pelo projeto que temos em Portugal, da Ocean Alive. Orgulhosa porque os portugueses ajudaram a partilhar e a divulgar o trabalho da Ocean Alive. Não estava à espera de ver tanta gente a partilhar o vídeo e termos mais visualizações, sendo um país pequenino, a competir com países como a Índia ou o México. É um sentimento de orgulho nos portugueses e no nosso exemplo”, adiantou.
Além de se ter transformado em embaixadora da juventude para o combate às alterações climáticas, a jovem bióloga irá ser repórter da juventude na COP25, onde apresentará o projeto que inspirou o vídeo que documenta o trabalho da Ocean Alive como “um exemplo da categoria do concurso da ONU Cidades e ação local no combate às alterações climáticas”.