“A Travessia do Rio Lima em Viana do Castelo – Nos 140 Anos da Ponte Eiffel” da autoria
de Rui A. Faria Viana, titula uma memória descritiva e ilustrativa da nossa Ponte. Em
formato A4 (de “álbum” panorâmico) abre com a “Apresentação” de José Maria Costa, presidente da CMVC, seguida de uma “Mensagem” de Savin Yestman-Eiffel. O Design é de Rui de Carvalho, a edição da Câmara Municipal de Viana do Castelo, de Junho de 2018 e a impressão da Felprint de mil exemplares, com 46 pp a cores, em papel IOR de 170 gr.
Da “Apresentação”desta “obra d’arte”, por José Maria Costa, presidente da autarquia salienta-se que, “A 30 de Junho de 1878 foi inaugurado o troço ferroviário entre Darque e Caminha […] agora a felicidade de poder assinalar os 140 anos da Ponte Eiffel […] ver concretizada a modernização e electrificação da Linha do Minho, colocando a ligação ferroviária entre Porto, Viana e Vigo no século XXI.”
Por sua vez, na “Mensagem”, Savin Yestman-Eiffel, Membre du Bureau de l’Association des Descendants de G. Eiffel, que se considera “Arrière, arrière, arrière petit fils de Gustave Eiffel”, salienta algumas das performances de seu “ilustre antepassado”, designadamente, as utilizadas no método construtivo (pré planeado “em puzzle”, com módulos), que permitiu resultados nunca antes vistos, p. ex., na edificação dos 11 pegões em alvenaria, somente em 14 meses.
O autor, Rui A. Faria Viana, teve a seu cargo a composição dos textos e fotografias e outras imagens que constituem a notícia descritiva deste trabalho, desde a travessia a barco, pela “barca do concelho” até 1819, à ponte de madeira até 1880 e, finalmente, da “Ponte Eiffel”, desde sempre assim designada e reconhecida.
A obra, nas suas 46 pp, apoia-se em substanciais citações bibliográficas, remetidas para notas de rodapé de página, maioritariamente contempladas nas “Referências
bibliográficas” finais. O carácter descritivo do texto é suavizado pelo ilustrativo: 24 fotografias, salientando-se as duas últimas fotos de enquadramento da Ponte — uma proximal, sobre o estuário do Lima e outra distal, super panorâmica, de Santa Luzia para sul, mais dois desenhos (esboços) dessas duas pontes; 11 “caixas” de complementaridade e enquadramento do texto; e, por fim, a reprodução de três plantas dos projectos relativos, tanto à ponte de madeira como à Eiffel.
Finalmente, salientamos o propósito expresso que ressalta deste belo trabalho: “Reconhecida como património da cidade, a Ponte Eiffel constitui uma notável obra de engenharia e um belo exemplar da arquitectura do ferro do séc. XIX, sendo hoje um dos ‘ex-libris’ da cidade de Viana do Castelo.”
B.B.