De 26 a 29 de julho, o centro histórico vianense acolhe o 32.º Festival Jazz na Praça da Erva, que terá como palco a Praça da Erva, nos dois primeiros dias, e o Teatro Sá de Miranda, nos restantes, com concertos marcados para as 22h. A organização, com um orçamento de 50 mil euros, é do Município de Viana do Castelo, sendo a produção da David Martins Eventos.
O festival arranca a 26 de julho, quarta-feira, na Praça da Erva, com Mário Laginha Solo, com showcases de Telmo Marques e Carlos Azevedo (diretor da Orquestra de Jazz de Matosinhos), que irão tocar dois apontamentos que funcionam como aperitivo para o recital de Laginha.
No dia 27, quinta-feira, sobe ao palco da praça vianense o projeto THEMANUS, jovem formação de jazz contemporâneo, com utilização de eletrónica, que integra o guitarrista vianense Ricardo Alves. O grupo venceu o Concurso Internacional de Jazz da Universidade de Abeiro, em 2022.
Nos dias 28 e 29, sexta e sábado, os concertos acontecem no Teatro Municipal Sá de Miranda, com bilhetes diários a 15 euros ou ‘full pass’ a 25 euros.
A 28 de julho, Shai Maestro (Israel), “um dos talentos consagrados da nova geração”, conforme observou David Martins, é a proposta do festival de jazz mais antigo do norte do país (pouco mais de três meses mais velho que o Guimarães Jazz) e o terceiro mais antigo de Portugal.
A 29 de julho, último dia, a lenda do jazz, Rhoda Scott (USA), encerra o programa com chave de ouro. Com 85 anos de idade, a organista e jazz singer norte americana de soul jazz vai utilizar neste concerto um órgão Hammond B3 original fabricado em 1958, equipado com duas Leslie originais, amplificação totalmente a válvulas e som com rodas fónicas – “uma preciosidade de museu que produz uma sonoridade única e que marcos muitos grupos das cenas jazz e rock progressivo, bem como reggae e gospel”.
A atuação de Rhoda Scott deve focar-se no álbum “Movin’Blues”, editado em 2020. Radicada em França desde 1967, é conhecida como a “organista dos pés descalços”. David Martins considerou Rhoda Scott como “um mito”e este concerto assume-se como “uma oportunidade única”.
Na conferência de imprensa de apresentação do evento, o vereador da Cultura, Manuel Vitorino, afirmou que este é “um programa de excelência que conjuga dois espaços, mas que tem sempre a Praça da Erva como pano de fundo” por ser a origem do festival. Destacou o concerto intimista de Mário Laginha, que considerou o maior pianista português da atualidade.