Estão no piso 1, com entrada pela escada da retaguarda. Mas não será pelo pequeno esforço de subir uma escada de pedra centenária que esta mostra não deixará de atrair visitantes, já que difere do que habitualmente ali se expõe.
Poderíamos estar perante dois artistas a expor no mesmo local, mas de forma separada, com trabalhos de arte distinta, aguarela e fotografia, mas não é de todo o caso. Também há trabalhos individualizados, quer de um quer de outro, porém a novidade está em que boa parte da mostra se afirma com obras produzidas a quatro mãos. Para que melhor se compreenda, o Victor, apresentou trabalhos resultantes da qualidade própria do fotógrafo experiente e pleno de oportunidade, e a Natalie reconfigurou-os com intervenção plástica e outros materiais, com resultados por vezes surpreendentes.
Trata-se, por isso, de uma parceria artística ousada, mas na maioria dos casos de excelente efeito, pela combinação perfeita de dois executantes de áreas bem distintas, ambos suficientemente experientes na arte que produzem. Victor Roriz, oriundo de uma família conceituada na arte de fotografar, fez diversas formações nesta atividade e soube alargar horizontes na área dos audiovisuais. Entretanto, experimenta-se com regularidade na fotografia artística. Na “Arte na Leira”, em Arga de Baixo, estão patentes trabalhos seus, onde é visível o seu experimentalismo, com sucesso, nesta vertente. Por sua vez, Nathalie Afonso, de origem francesa, estudou na École Boulle, fundada em 1886, em Paris, apresentando-se hoje como uma das mais prestigiadas escolas de arte e design da Europa. Nathalie, há 30 anos ligada à arte, participou em inúmeras exposições individuais e coletivas em países diversos, por onde os seus quadros se espalham.
PJ