“A FEIRA E AS TASCAS DE PONTE”

Franclim Castro e Sousa foi destacado atleta de “Os Limianos”, transitando depois para o Salgueiros; e, mais tarde, foram-lhe confiados por Daniel Campelo os pelouros da Educação, Cultura, Ação Social, Juventude e Desporto no Município de Ponte de Lima, meio onde é conhecido e prestigiado.

Por isso não surpreendeu que o auditório da Academia de Música local fosse pequeno para comportar os interessados em assistir à apresentação do seu livro “A feira e as tascas de Ponte”, na tarde de 30 de Novembro.

O livro trazia desde logo a garantia da Fundação Caixa Agrícola do Noroeste, presidida por José Luís Carvalhido da Ponte, que assumiu a responsabilidade da sua edição.

Daniel Campelo foi o apresentador e na sua dissertação realçou a importância do tema para a história e cultura da vila, já que a feira de Ponte é um elemento indissociável da vivência concelhia; se calhar o mais dinamizador dos acontecimentos locais, com a particularidade de animar quinzenalmente a vida da população, o comércio e a produção animal e agrícola.

O ex-presidente do Município insistiu depois que Ponte de Lima, possuindo produtos bastante caraterísticos, precisa impor-se pela diferença e que para vincar essa diferença necessita não abdicar de transmitir qualidade aos atributos que constituem a sua oferta, lembrando o sarrabulho como afamado produto.

Franclim Castro e Sousa, reiterou no essencial as ideias de Campelo, acentuou que o ideal seria as tascas não mudarem de nome quando mudam de proprietário, pois as mais típicas inculcaram-se no imaginário de várias gerações e seria ótimo que também passassem a fazer parte da recordação das gerações mais novas.

Historiou que a feira sempre levou uma enorme animação às tascas e estas introduziram na feira uma curiosa e entusiástica animação. Da sua experiência de menino e adolescente, não esqueceu que, na Casalina, o seu pai, dedilhando virtuosamente uma guitarra, atraía outros músicos para o acompanhar e o que acontecia era uma autêntica festa.

Afirmou que escreveu “A feira e as tascas de Ponte” por entender isso como um contributo para a fixação da memória coletiva de Ponte de Lima que, doutro modo, correria o risco de se ir diluindo no tempo.

José Luís da Ponte explanou as razões que conduziram a Fundação da Caixa Agrícola a editar o livro em apresentação, deu a conhecer a definição das coordenadas por que se rege o organismo a que preside e felicitou o autor pelo éxito obtido.

 

C.S.

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