Foi uma grande emoção reviver a entrada da Banda Club Pardilhoense a abrir os dias maiores da Romaria de Santa Marta (07, 08 e 09 de agosto) e foram emocionantes os momentos em que uns recordaram outros eventos anteriores e uns quantos tiveram a oportunidade de os visualizar pela primeira vez. Mas se esta vivência foi feita através do digital, o mesmo não aconteceu na relação entre os santamartenses e a sua padroeira, Santa Marta. A agitação foi grande naquele que sempre foi o dia maior da sua Romaria: o domingo, dia do seu Senhor. A Comissão de Festas, graças à dedicação de zeladoras dedicadas, deu o mote com a decoração da tribuna do Altar-Mor: bem destacada, a Vela Votiva, um dos ícones de Santa Marta de Portuzelo que Álvaro Sales júnior mantém vivo, transmitia a mensagem já deixada pelo pároco, Rev. Pe Christopher, de que a centralidade da existência da Romaria nos remetia para a celebração da nossa fé em Deus e a nossa devoção a Santa Marta. E esta é a casa onde a padroeira se acomoda, ao longo dos dias do ano.
Porém, as circunstâncias trazidas pela Pandemia da Covid-19, fizeram com que Santa Marta saltasse para cima de uma carrinha de caixa aberta e fosse ao encontro dos seus devotos, encontro esse inédito e que se revelou uma grande manifestação de fé e comunhão entre todos os paroquianos.
Serve de exemplo a conduta dos moradores da Rua de Talharezes, Capitães de Abril e Preguiça, que decoraram a rua em toda a sua extensão, estabelecendo uma autêntica corrente de afetividade e carinho para com a sua padroeira. Ela passou, com alguma pressa, pois por ela esperava o seu amado Jesus Cristo na solene Eucaristia nos espaços do Centro Paroquial, onde se acomodaram para consigo viverem e testemunharem a fé muitas centenas de devotos. Algo por obrigação, mas também muito por opção, “foi escolhida a melhor parte”.
Parabéns a todos os que tornaram possível esta vivência festiva.