Vem o Lima suave, lá do monte,
Descendo entre vergéis de verde manto,
À espera de lograr o doce pranto
Das lágrimas, choradas pela Ponte,
Que, caindo da reluzente fonte,
Semelham quentes pérolas de encanto
Por ouvirem o aplauso e ledo espanto
De quem vê colorido o horizonte!
E o Lima, ao sentir lágrimas quentes
E as explosões fúlgidas, luzentes,
De beleza que a todos arrebata,
Só então reconhece o seu fadário
E da festança o fim do calendário…
E vai morrer no mar com a Ser´nata!
(Foto: “O Minho”)