Na Eucaristia das 09h30 da manhã do dia 25 de dezembro, dia de Natal, a ACR (Ação Católica Rural) levou a efeito mais um presépio vivo.
A Sagrada Família, os três reis magos, pastores e um anjo foram as figuras que fizeram parte desta encenação. Foi preciso recorrer a substitutos de última hora para Maria e José, devido a um imprevisto dos pais da doce menina que fazia de Menino Jesus, mas no final correu tudo bem e apesar da tenra idade a menina portou-se muito bem.
No final da Eucaristia houve adoração ao Menino, saudando-o o povo não com um beijo, mas com uma vénia, e os militantes da ACR distribuíram rebuçados e pagelas, com uma oração para se rezar junto ao presépio que cada pessoa tivesse no seu lar, uma oferta simples mas cheia de significado.
Um pouco de nostalgia
Há umas semanas entregaram-me um objeto, muito velhinho e em mau estado, ao qual pensaram que eu acharia interesse. E achei mesmo interessante.
Trata-se de um exemplar, incompleto, do nosso jornal A AURORA DO LIMA, com data de 31 de dezembro de 1974. Estava esquecido num sótão e seria despejado para o lixo juntamente com restos de entulho resultante de obras feitas, se a pessoa que o encontrou nele não reparasse e mais tarde mo entregasse como curiosidade.
Foi como se parte do passado viesse ter comigo. O antigo assinante que recebeu este jornal é meu tio e padrinho (a pessoa que mo deu não sabia) e ainda vive, mas não foi em sua casa que ele foi encontrado mas sim numa outra que nem é perto dele nem de familiar. Deve ter ido a embrulhar uma oferta qualquer, como ainda hoje se faz quando damos alguma coisa e embrulhamos no que encontramos à mão.
A direção também é interessante: Pedra Alta, Castelo do Neiva – Minho. Assim, com a província a que pertencia, como se viesse de muito longe. Ainda me lembro bem de ver essa direção escrita nos jornais que o meu pai, também assinante, recebia. Antigamente chamava-se lugar da Pedra Alta à zona perto da praia, que depois passou a ser, embora não oficialmente, lugar da Praia; oficialmente era Sendim de Baixo.
Há quem pense que é um restaurante que dá o nome de Pedra Alta àquela zona, mas Pedra Alta era uma das sete pedras que existiam no mar, na zona costeira, e que serviam de referência aos pescadores. Muita gente ainda se lembra delas, que eram as seguintes a contar do norte para o sul: Ribeirinha, Lousado, Baixa da Poça, Pedra Alta, Serrinha, Lagosteira e Malhacu. A Pedra Alta ficava em frente ao restaurante que lhe tomou o nome. E pronto, era isto. Memórias que a nostalgia tece ao ver um objeto vindo do passado.