Aluna do IPVC pretende “espaço digno” para os sem abrigo

Viana tornou-se a nova “casa” de Bruna Freire quando veio do Brasil para Portugal tirar o mestrado em Design Integrado do Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC).

A frequentar aquela formação foi desafiada com “uma necessidade que a câmara tinha em criar um espaço abrigo”. A tese de mestrado já foi apresentada durante uma reunião com os possíveis parceiros do projeto e numa segunda fase numa reunião onde estiveram presentes a vereadora, Carlota Borges, o presidente da Associação Empresarial de Viana, Manuel Cunha Júnior e a representante do Gabinete de Atendimento à Família (GAF), Cláudia Marinho. A ideia é a criação de um “espaço digno” para pessoas sem abrigo da cidade e Bruna afirma: “é um espaço pensado para eles passarem lá o dia e podem entrar e sair às horas que quiserem, mas não é um espaço fixo, há algumas regras, por exemplo, em desocupar o espaço uma ou duas horas ao dia para fazer a limpeza. É um espaço de apoio”.

A jovem, juntamente com uma equipa do GAF, fez o levantamento das necessidades das pessoas. “No concelho de Viana são cerca de 10 pessoas que estão o ano todo. Mas dependendo da altura do ano o grupo pode aumentar ou diminuir” refere, acrescentando que “eles acabam por não ir para o dormitório, local que a câmara já criou, porque é um passo muito grande, e claro, tem muitas regras. E este projeto surge como um ponto intermédio para eles começaram a estar mais recetivos, e ter um certo conforto”.

Neste momento, a ideia ainda está no “papel”, mas a previsão é que esteja concluído até o final do ano. “Já tenho toda a definição conceptual (…). Ainda vamos passar por muitos protótipos até a fase final”, confessa a estudante.

Formada em arquitetura no Brasil e a frequentar o mestrado em Design Integrado no IPVC, a jovem de 27 anos, considera que “o design vem como um auxílio, e tem que ser para toda a população. Eu vou criar o espaço e tem que ser uma coisa bem pensada e elaborada. Com planos de necessidades para eles e isso é o que estamos a fazer na rua, a conhecer o nosso público para que seja possível ter sucesso na hora de colocar o projeto ao público. E esta recolha é fundamental para o trabalho que vamos desenvolver”.   

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