Antigo autarca conta a “verdade” sobre o prédio “Coutinho”

O antigo autarca vianense lançou um livro, onde promete trazer toda “a verdade” sobre o processo do Edifício Jardim, mais conhecido por prédio “Coutinho”. A apresentação decorreu na tarde da última sexta-feira na Biblioteca Municipal de Viana do Castelo.

“Os vianenses têm o direito a saber a verdade sobre o prédio Coutinho”, dizia Defensor Moura. Adiantando que “decidi passar a livro, a verdade sobre o prédio Coutinho, porque durante todos estes 20 anos, e especialmente nestes últimos meses, têm sido contadas muitas coisas que não são verdades. É distorcida a verdade, e por isso decidi passar ao papel”.

O antigo autarca fala da “ilegalidade” na construção, em 1973. Nessa época, “houve outras propostas até para a mesma rua, para construção de edifícios semelhantes e a Câmara Municipal não autorizou. Só autorizou este, ou seja, houve um favorecimento para este processo”. Contudo, Defensor Mouro fala da rejeição dos vianenses e até das tentativas de demolição, quer pela Comissão Administrativa, em 75, quer pelo executivo liderado por Branco Morais, PSD, em 90. Ambas não executadas por falta de financiamento.

Defensor Moura explica que quando surgiu o programa Polis viu a oportunidade para resolver o assunto. “Posteriormente apareceu o programa Polis e nós tivemos oportunidade para arranjar o financiamento. A prova de que há rejeição, é que eu morei lá durante ano e meio e toda a gente me dizia: “não tens vergonha de morar no mamarracho””, esclarece.

Questão de estética e de impacto
O antigo autarca não escondia que a rejeição estivesse ligada a uma questão estética, mas também de “impacto sobre aquela zona do centro histórico”. Defensor Moura fala da dificuldade de estacionamento, da falta de ligação do prédio à cidade. “É um prédio, que não está bem ligado à cidade. Está de costas para o centro histórico e a um metro e meio de altura. Estes são defeitos que levaram os vianenses a não se identificarem com aquele prédio. Isso pode ser comprovado através de fotografias. Os artistas faziam o tratamento da imagem retirando o prédio”.

“O processo é legal judicialmente, mas também em termos políticos”
Defensor Moura, que liderou os destinos da autarquia vianense durante 15 anos assegura que “o processo de expropriação e demolição foi legal, prova disso é que durante estes 20 anos recorreram para todos os tribunais e todos deram razão à VianaPolis”. “Como cidadão e autarca não posso pedir maior legitimidade política, nem judicial. Vencemos todos os processos nos tribunais e vencemos todas as eleições”, assegura. Acrescentando: “o processo é legal judicialmente, mas também em termos políticos”.

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