João Paulo, de 40 anos de idade, vendedor ambulante de peixe e marisco, residente na freguesia de Lanheses, foi vítima fatal de uma descarga da própria arma de caça no momento em que pretendia arrumá-la no furgão da sua viatura.
O trágico acontecimento ocorreu cerca das 9h da manhã de quinta-feira, dia 09 de fevereiro, no cantão do estacionamento a sul do Parque Verde, junto à margem direita do rio Lima, onde deixara a viatura.
Não houve testemunhas presenciais do momento do incidente, contudo uma ocupante de uma caravana que ali chegara no dia anterior e passara a noite, de nacionalidade holandesa, ouvindo o estrondo do tiro tão perto, saiu para perceber o que acontecera ficando em pânico e lavada em lágrimas ao constatar que um homem estava estendido no chão junto à traseira do furgão, jorrando sangue pela face, apresentando ainda sinais de vida.
No Parque trabalhavam dois elementos da Junta de Freguesia nos habituais trabalhos de limpeza a quem a turista alertou para o que tinha presenciado, tendo um dos elementos entrado de imediato em contacto com os serviços administrativos da Junta para que fossem chamados ao local agentes da GNR, tendo a primeira patrulha respondido com prontidão, isolando desde logo a área circundante ao corpo. Seguidamente, chegariam mais reforços policiais, ambulâncias do INEM, dos Bombeiros de Ponte de Lima, e, por último, uma brigada especializada da PJ.
A morte da vítima foi declarada no local.
Pelo que se foi constatando pelos comentários formulados pelos familiares e amigos presentes, o João Paulo saíra de manhã cedo de casa para caçar.
Estava licenciado e o dia autorizava a atividades na zona, tendo escolhido o sítio de Alvito, a cerca de um quilómetro para os lados da freguesia vizinha de Vila Mou.
Depois de algum tempo de caça, a certa altura terá dito a quem o acompanhava que tinha de ir a casa com urgência, e foi então que voltou à carrinha onde, presumivelmente, teria diligenciado arrumar a espingarda.
Por razões que apenas a autópsia e a perícia dos investigadores poderá apurar a arma, ainda com cartuchos por disparar, terá sido involuntariamente acionada atingindo o rosto do infeliz lanhesense causando-lhe a morte.
O João Paulo era um moço sociável e pacato, granjeava e tinha amigos e era empenhado no seu negócio.
Não se lhe conheciam divergências de nenhuma ordem em qualquer plano da sua vida quotidiana. Era respeitado e respeitador, pelo que é despiciendo conjeturar cenários que de modo algum se conjugam com os factos em si mesmo e com o perfil de vida.
E- redes com nova subestação
Há dias, o presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, Luís Nobre, marcou presença no momento de entrada em funcionamento da nova subestação de Lanheses e respetivas redes de alta (AT) e média tensão (MT), infraestruturas elétricas que representaram um investimento estimado de 2,4 milhões de euros por parte da E-REDES e que vão abastecer cerca de 3.900 clientes residenciais e 25 clientes empresariais.
A nova subestação localiza-se no Parque Empresarial de Lanheses, beneficiando as empresas aí localizadas. Conta com uma potência instalada inicial de 20 MVA, é acompanhada da construção da rede de AT, que alimentará a subestação e toda a nova rede MT, que vai interligar à já existente.
Para a construção desta subestação e rede de distribuição de eletricidade, para além de toda a estrutura interna envolvida na gestão e concretização deste projeto, a E-REDES contou com o envolvimento de vários parceiros de negócio. Estas novas infraestruturas fazem parte da política de investimento e manutenção na rede elétrica, por parte da empresa, tendo como eixos principais a melhoria no abastecimento de energia elétrica e o aumento da resiliência da rede, situando-se a subestação no Parque Empresarial de Lanheses e assumindo, assim, um papel fulcral na garantia do abastecimento e da qualidade de energia às diversas empresas aí localizadas.