Carina Novo, natural de Mujães, lançou “A menina que tinha medo de cães”, no último dia 21 de maio. A residir em Gondomar, foi a biblioteca daquele concelho que acolheu o lançamento da primeira obra da escritora, que pretende apresentá-la também em Viana do Castelo.
“Sempre gostei de escrever, mas mantive os meus textos escondidos pelas gavetas de casa. Acho que nunca senti a confiança e a coragem necessárias para dar esse passo”, refere a autora, que trabalha na área de eventos.
A pandemia obrigou a fazer uma paragem na atividade profissional e Carina Novo optou por fazer formações de escrita criativa. “Durante o confinamento, uma vez que trabalho em eventos, o volume de trabalho reduziu-se significativamente. Para me manter ocupada, frequentei umas oficinas de escrita criativa onde conheci o escritor João Manuel Ribeiro. Na altura enviei-lhe alguns dos meus textos e o retorno que recebi foi muito positivo. As palavras que escutei, ditas por alguém com um percurso já reconhecido nesta área, foram o incentivo que precisei para perder o medo e aventurar-me no mundo da literatura infantil, dando a conhecer as minhas histórias”, diz a autora.
Paralelamente à escrita do livro, Carina Novo criou um outro projeto para contar histórias. “Neste momento o meu maior foco é dar a conhecer o meu projeto «Carina Novo – Histórias de ler e contar» e que consiga ser reconhecida neste meio, como escritora e contadora de histórias. Sei que este pode ser um projeto recente, mas ele carrega a mesma dose de amor, empenho e afeto e é assim que pretendo que olhem para mim e identifiquem o meu trabalho”, revela.
Carina Novo não esconde o desejo de “alargar o meu projeto a outras áreas de atuação, com as quais também me identifico bastante e que fazem parte do meu imaginário. Mas tudo a seu tempo…”.
O livro A menina que tinha medo de cães surge por causa “de uma série de acontecimentos que me fizeram perceber que esta é uma emoção muito comum entre as crianças. Agora, quero que elas percebam que os cães, para além de serem grandes amigos, podem ser uma excelente companhia e que ultrapassar este medo é muito mais fácil do que parece”, expressa a autora, que já está a fazer contactos para que a obra possa ser apresentada na “Princesa do Lima”.