Centenário de Paulino Miranda

Barroselas tem mais um centenário, o nosso conterrâneo senhor Paulino do Nascimento Meira de Miranda, concluiu um século de vida. A viver no Lar da Terceira Idade de Tregosa, a festa do centenário, dadas as contingência em que vivemos, teve um caráter familiar, por isso, os seus filhos, todos homens, deslocaram-se ao espaço para a festa da família, que contou com a presença de um grupo de jovens da Banda de Escuteiros de Barroselas, que foi a banda de música, onde ele exerceu a sua atividade. O senhor Paulino é o único sobrevivente dos 19 elementos da Banda Escuteiros de Barroselas, que no dia 29 de junho de 1934, dia de S. Pedro, padroeiro de Barroselas, iniciou a sua atividade musical, como banda de música, sob a regência de Armindo Santos Barbosa, fundador daquele agrupamento musical.

O senhor Paulino é filho de Justino Meira de Oliveira e de Maria de Miranda. Como o pai e o irmão mais velho, chamado Manuel, já faziam parte da Banda Velha de Barroselas, iniciou a aprendizagem da música, para seguir o mesmo destino dos familiares, mas, entretanto, foi criada a Banda Escuteiros, e como o seu pai era primo do fundador, Armindo dos Santos Barbosa, Paulino ingressou na recém-fundada Banda e foi nesta banda que fez o seu percurso na arte musical. Nesta idade, dotado de uma excelente memória, ainda hoje é um verdadeiro “animador” dos seus colegas e das pessoas que visitam aquela instituição de solidariedade social, onde reside.

Barroselas, no presente conta com dois centenários, o senhor Paulino e a senhora Judite Miranda Pereira. Esta com 101 anos de vida. Seja-me permitido referir, que ao longo da minha carreira jornalística, já noticiei quatro centenários, a senhora Ana Reina, de Vila de Punhe, a senhora Teresa Russa e Judite Pereira, de Barroselas e o  centenário do senhor António Queirós, “das da Dias”, do Paço de Barroselas. Como se vê, “o sexo fraco” está aqui em maioria. 

Novo livro sobre a Emigração

O meu amigo Leandro Matos, natural de Vila de Punhe, mas a viver em Afife fez-me chegar às mãos o seu último trabalho literário, com o título: “Emigração-História – Contemporânea”. 

Nesta obra, o Leandro, ao longo de 80 páginas, dá-nos uma panorâmica, do que foi e emigração, dos anos 60, do século passado para França, das freguesias de Barroselas, Mujães e Vila de Punhe. 

No trabalho, inseridas no contexto da diáspora de outros tempos, analisa em pormenor as viagens para o Brasil e para as antigas colónias portuguesa. 

Refira-se que Vila de Punhe, nessa época, foi a freguesia do distrito de Viana do Castelo, e não sei se do país, que mais emigrantes deu para França, por duas razões fundamentais. A primeira, foi fugir ao serviço militar obrigatório, e assim evitar uma mobilização, mais que certa, para a guerra colonial, onde morreram, cerca de 10.000 jovens portugueses. E a segunda, para os mais velhos, procurar em terras francesas, um melhor nível de vida, objetivo que por muitos foi alcançado.

Resta-nos felicitar Leandro Matos e esperar novos trabalhos literários que sei que tem mãos.  

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