Legislativas: o domínio absoluto de um PS triunfante, a inglória ascensão social-democrata, as demais tendências e conclusões

Num novo ato eleitoral em tempo de pandemia, nem restrições, constrangimentos ou inseguranças impediram a mobilização de mais de metade da população votante da freguesia. Embora tal exemplo estatístico sugira a significância dos níveis de abstenção, note-se, todavia, que aquando das últimas eleições legislativas, em 2019, “apenas” 46,95% dos 7346 inscritos se sentiram movidos pelo ensejo de votar. 

No final de contas, o cenário foi de vitória folgada para o PS, tão folgada quanto representativa, mercê dos 43,41% (1578 votos) de darquenses que votaram na perspetiva socialista. Embora a distância considerável, coube ao PPD/PSD a posição de segunda força mais votada, com 25,14% (914 votantes). Fruto de 343 votos favoráveis, o PCP-PEV acabou a captar 9,44% do total de interessados, fechando o pódio dos mais escolhidos. Fora do trio inicial, mas de poderes reforçados, o Chega deixou para trás, também por Darque, forças políticas como Bloco de Esquerda ou CDS-PP. 279 dos 3635 votantes optaram pelo partido liderado por André Ventura. 

Partindo para uma lógica comparativa, perceba-se o que mudou relativamente a 2019. Embora em circunstâncias amplamente distintas e extremadas, reforce-se que quer PS, quer PSD contabilizaram, no passado dia 30/01, mais votos do que nas eleições legislativas anteriores (34,91% e 22,99%, respetivamente). Seguindo a linha ascensional, realce óbvio para o Chega. Se em 2019, apenas 1,01% dos darquenses havia votado no partido de direita, no último domingo, o total percentual atingiu os 7,68%. Quanto ao PCP-PEV, a tendência revelou ser de decréscimo – embora ligeiro – face ao outrora conseguido, já que os comunistas atingiram, então, os 405 votos (11,74%). 

De dimensões diferentes, abordem-se as manifestações relativamente a Bloco de Esquerda, LIVRE, PAN, Iniciativa Liberal e CDS-PP. À semelhança do ocorrido no grosso do país, Darque foi território de queda abrupta para o BE, que antes chegara aos 403 votantes. A realidade recente mostrou que, desta feita, somente 160 pessoas dirigiram a predileção para os bloquistas. Também PAN e CDS-PP foram, agora, bem menos votados. No mais, nota para IL e LIVRE. Se quanto aos últimos, a votação favorável aumentou, ainda que de forma ténue, os números disparam, positivamente, se abordado o caso da Iniciativa Liberal, que logrou, por força dos 98 votantes conquistados, distanciar-se dos 18 conseguidos no exercício eleitoral anterior.  

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