Chuvas a mais, sargetas a menos

A chuva intensa e constante que caiu nos primeiros dias da semana, com início no dia 21 de novembro, levou à formação de grandes massas de água em ruas e caminhos da freguesia, dada a incapacidade da receção do caudal pela rede do saneamento em determinados pontos, e a inexistência de vazadouros, noutros. 

Estão há muito identificadas situações mal resolvidas, ou insuficientemente reparadas nas intervenções a que já tinham sido submetidas, designadamente, no entroncamento da rua Estrada da Granja com a estrada do Lugar do Barreiro, na Rua de Lamas e na Rua da Agra, onde os buracos são tantos como os das calças de ganga da moda, bem como o que se verificou na Rua D. Maria I, onde se juntaram os caudais vindos dos campos a nascente em plano superior, e o da rua da fonte de Gondizalves, submersa,  a desaguar ao lado da superfície comercial A Quintinha. E ainda de uma residência particular onde a água inundou a cave e sobrou para engrossar o caudal que passava ao lado, ao encontro da Rua da Granja no entroncamento a sul da sede da Junta de freguesia.

Na estrada de Lamas o mal é antigo “como a Sé de Braga”, e não há inverno que o problema não apareça. Pelo que conheço, quer por ação da Junta de Freguesia, mas, sobretudo, por conta própria de moradores atingidos, não há chuva que não traga à ribalta o problema da inundação de um troço da rua que dá acesso a um número significativo de moradores, já que o mal não é cortado pela raiz porque todas as intervenções efetuadas não foram eficazes. Isto é, a água que inunda a rua não é controlada como aconteceu na quarta-feira dia 23, onde o largo espaço continuava alagado e a água jorrava livremente por cima do muro lateral. O piso, além do “lago” que o cobria em cerca de cem metros, é irregular e tem tampas de saneamento acima do nível do paralelo que o forma. Em altura de maiores bátegas de chuva não há esgotamento que a suporte a não ser pelas próprias entradas das residência ali existentes se estas não estiveram tapadas pela lama ou outros detritos.

No entroncamento da estrada da Granja o problema é antigo e as várias intervenções que já ali ocorreram não tiveram sucesso. A água continua a desaguar na estrada formando um lago que as viaturas atravessam levantando nuvens de gotas como as de uma estação de lavagem.  Uma intervenção de fundo, patrocinada pela autarquia concelhia, é a medida adequada para eliminar uma situação que se vem perpetuando há demasiado tempo.

O que aqui se aborda é sumariamente, o mesmo filme que passou na vida da Freguesia no último ano e nos anteriores, e certamente, ver-se-á no próximo e nas sucessivas estações chuvosas. Então, o cenário repetir-se-á e voltaremos a ouvir comentários e propostas de soluções definitivas, o que nos leva a evocar o dito popular dos nossos avós que “só nos lembramos de S. Jerónimo quanto troveja”.  

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