Ernesto Soares expõe na Casa Manuel Espregueira

Sob o tema “Fuga, entre o refúgio e o fogo”, Ernesto Soares aborda, maioritariamente, a dramática situação dos migrantes, numa exposição que decorre na Casa Manuel Espregueira e Oliveira, até ao fim do corrente mês.

Na galeria estão expostas mais de três dezenas de telas e, só o facto de haver obras selecionadas para as Bienais de Gaia e Cerveira, será motivo que justifique uns momentos de contemplação e, quiçá, viver sentimentos tão díspares quanto os de cumplicidade, por mais ténue que seja, ou de pertença.

Para o autor, «onde é representado um corpo, semi-humano, transparece uma luz azul, talvez vinda do céu, ou do espelho da água onde deambula o barco, em fuga». A pintura está no ADN desta família de Santa Marta de Portuzelo, pois o Ernesto é filho do pintor Ribeiro Soares e seu filho, Hugo Soares, é garantia de continuidade.

Num estilo surrealista, há no Ernesto como que um desafio à ‘comunhão’ do observador com os desmandos e seus dramas, mas adverte: «Este exercício de tentar perceber o que uma pintura representa é o mesmo que brincar com o fogo, mesmo sabendo quem o ateou, não se sabe quando se apagará. Torna-se então importante esclarecer que o próprio observador faz parte daquela paisagem, daquele barco e que aquele rosto pode mesmo ser ele próprio». Acresce dizer que o expressionismo e algumas incursões pelo impressionismo também alimentam a criatividade do Ernesto. O A Aurora do Lima deseja ao autor e seus familiares o melhor sucesso.

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