“Estamos no caminho certo, com o trabalho de todos”

O autarca vianense admitiu, na última sexta-feira, que Viana do Castelo está “no caminho certo” em relação aos investimentos empresariais. Luís Nobre falava durante a conferência “Crescimento e sustentabilidade em Viana do Castelo”, que decorreu no Hotel Flor de Sal e colocou os empresários a falar dos desafios de investir no concelho.

Segundo os números avançados, as empresas de Viana do Castelo alcançam, atualmente, um volume de negócios de 2.500 milhões de euros, sendo que o total das exportações do concelho já ultrapassou a fasquia dos 1.000 milhões de euros, o que corresponde a mais do dobro da média nacional para este volume de negócios.

O autarca socialista explicava que Viana do Castelo está a fazer “uma viagem no sentido do desenvolvimento sustentável e que crie oportunidades e riqueza. Somos hoje um território robusto, sustentável, que concretiza a cada dia a sua estratégia e que trilha um caminho bem definido e ambicioso, em domínios de futuro, como sejam as diversas oportunidades em torno da economia do mar”, disse Luís Nobre. Admitindo que “estamos no caminho certo, com o trabalho de todos”.

Os empresários presentes falavam da necessidade da autarquia apoiar o setor da habitação. O autarca vianense frisava que também “sentimos que temos de trabalhar no domínio da habitação”. Daí ter anunciado, há dias, um investimento nesta área. “Temos 24 milhões de euros em execução no 1.º Direito, com a isenção de taxas para autoconstrução para jovens até 35 anos, 12 áreas de reabilitação urbanas com um sério e denso regime de incentivos, mas não é suficiente, pelo que assumo, hoje [20 de janeiro], o compromisso da criação da maior política pública municipal de apoio aos jovens e famílias vianenses no domínio da habitação”, dizia.

O presidente da Caixa de Crédito Agrícola dava conta do “excesso de liquidez” da filal do Alto Minho. “A Caixa do Noroeste teve um crescimento significativo em 2022, relativamente à poupança das famílias, e penso que poderemos continuar a crescer. No crédito às empresas também crescemos. Não foi muito significativo, mas foi muito ligado a sindicatos bancários, que fazemos dentro do grupo. Na caixa do Alto Minho temos um excesso de liquidez e um rácio de transformação de cerca de 58%, portanto temos enormes excedentes e temos de nos socorrer de sindicatos para fazer crédito às empresas”, explicava Correia da Silva.

O administrador da DS Smith falava da relação da empresa ao território, uma vez que está presente, embora com outros nomes, no concelho há perto de 50 anos. “Num dia, produzimos uma folha de papel, que liga o Norte de Portugal e Marrocos. Em cada minuto produzimos um quilómetro de papel”, salientava Mário Amaral. Destacando: “nós exportamos 90% da nossa produção. O Alto Minho tem um saldo positivo de exportações. 14% do valor de exportação do Alto Minho deve-se à DS Smith”.

Por seu lado, o diretor da Borgwarner frisava a capacidade de atração do território, dando conta do investimento feito. “Estamos no concelho desde 2014. (…) Em Viana começamos com um portfólio de produto ligado aos motores de combustão. O que acontece agora é que estamos a passar por uma fase de transição muito acelerada. A Borgwarner pretende em 2030 atingir a maior parte do volume de vendas em material elétrico”, anunciava Hugo Silva.

O administrador da Browning Viana frisou também o papel das exportações. “Está a ser feito um investimento na área dos 28 milhões de euros. O ano passado foi o nosso melhor ano, o saldo foi de 66 milhões de euros. 99,5% da nossa produção é para exportação. Destes perto de 70% é para os EUA”, informava Rui Cunha.     

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