Os matemáticos acreditam que se chegará a cerca de 40 mil casos por dia, embora os números reais sejam o dobro ou o triplo. Depois das eleições haverá uma queda acentuada de contágios. Henrique Oliveira, do Instituto Superior Técnico (IST) aponta para um pico de infeções entre hoje, quinta-feira e segunda-feira.
O número de infeções diário pode chegar em breve aos 50 mil casos, de acordo com as previsões da Ordem dos Médicos (OM) e do IST. A perspetiva da OM é que a letalidade continue a aumentar durante este mês, “mas não ultrapassará os 35 a 40 óbitos, a sete dias”.
Quase metade dos óbitos por covid são de pessoas sem vacinação. Os dados mais recentes da Direção-Geral da Saúde (DGS) e do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) confirmam que a vacina reduz o risco de internamento e de morte por covid-19, sobretudo após a dose de reforço. Em dezembro, quase metade dos óbitos por covid-19 eram pessoas não vacinadas ou com vacinação incompleta. Segundo os últimos dados do boletim de vacinação, cerca de 90% da população tem a vacinação primária completa, enquanto quatro milhões de pessoas tomaram já a dose de reforço.
Desta forma, o risco de morte para os casos diagnosticados em dezembro, “medido através da letalidade, por estado vacinal, foi três a seis vezes menor nas pessoas com vacinação completa em relação às pessoas não vacinada ou com esquema incompleto”.
O bastonário da OM perspetiva também que, no fim deste mês, toda a população residente em Portugal já terá algum tipo de imunidade, seja ela natural ou devido à vacinação.
Já para o dia das eleições legislativas (dia 30), prevê-se que, cerca de 400 mil portugueses, estejam em isolamento devido à doença.
Uma dose adicional de “reforço” da vacina baseada em mRNA Moderna ou Pfizer é necessária para oferecer imunidade contra a variante Ómicron do SARS-CoV2, o vírus que causa a covid-19, de acordo com um estudo realizado por investigadores do Ragon Institute of MGH, MIT e Harvard.
Alto Minho perto dos seis milhares de infetados
Entretanto, no concelho de Viana do Castelo, o número de casos ativos de SARS-CoV2 está também num pico, perto de dois milhares, sendo aquele, no Alto Minho, onde se regista maior número de situações.
A nível do distrito de Viana do Castelo, segundo os dados do último domingo divulgados pela ULSAM, os casos positivos ativos andam perto dos seis milhares.