Galeria Noroeste mostra peças de Zeca Marinho

José Carlos Marinho Fernandes, mais conhecido por Zeca Marinho, tem patente um total de 56 peças, na Galeria Noroeste, da Fundação Caixa Agrícola do Noroeste situada na Rua de Aveiro. A inauguração aconteceu na tarde de 16 de maio e contou com a presença de muitos amigos e familiares.

A natureza dá-lhe a matéria prima e o bancário reformado trabalha a madeira, mas sem danificar aquilo que foi construído naturalmente. “Quando observo o pau e se tem alguma estética vou atrás dela, porque numa primeira fase quero ressaltar a obra da natureza”, explicava o autor.

Zeca Marinho conta que depois da mulher sofrer uma operação cirúrgica, o médico recomendou banhos de sol. Começaram a aproveitar as praias vianenses. Enquanto a esposa ficava deitada, o autor decidiu dar umas caminhadas. Na praia do Cabedelo, encontrou um pau, que lhe pareceu “o torço da mulher” trouxe-o e com a faca da cozinha deu forma. “Foi a primeira peça”. A partir daí nunca mais parou. Hoje passa os seus dias dividido entre as praias locais ou junto à margem do Lima a tentar recuperar material para trabalhar.

Apesar de garantir que não faz as peças para expor, os amigos desafiaram-no e aceitou o convite para expor na Galeria. Anteriormente já tinha acedido a um convite dos antigos alunos da escola comercial. Zeca Marinho sublinha, contudo, que “as peças não foram feitas para serem mostradas. Isto é um devaneio e uma forma de ocupar os tempos livres”.
“Xiloform2sea” é o nome da mostra que apresenta paus erodidos pelo mar e estará patente até 21 de junho. Depois da Galeria do Noroeste, as peças farão itinerância pelos vários polos culturais da Fundação.

O presidente da Fundação Caixa Agrícola do Noroeste explicava que a obra exposta tinha dois propósitos. Por um lado, a imaginação e a criatividade, e por outro, o aproveitamento do desperdício. “José Carlos Marinho reconstrói o real e conta uma história a partir de um objeto”, manifestava José Carvalhido da Ponte.

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