“Globetrotter” regressou ao maior campo de refugiados do mundo

Manuel Cantamba, o “globetrotter” vianense que já andou por mais de uma centena de países, regressou, no último mês, ao Bangladesh e, aí, conseguiu, a título individual (algo raro), visitar o maior campo do mundo de refugiados (rohingyas), a três dezenas de quilómetros da cidade de Cox’s Bazar. Foi nesta que teve de “lutar” para conseguir a devida autorização junto de responsáveis das Nações Unidas e de autoridades locais.

Viria, depois, a ser transportado por um motociclista e escoltado por outros até ao interior do campo de refugiados, uma área, segundo nos disse, idêntica ao concelho de Viana do Castelo. Ali vivem, em condições precárias, nomeadamente a nível de salubridades, cerca de 1, 3 milhões de refugiados. Diariamente, formam-se filas para entrarem ainda mais.
O campo é gerido pela ONU, e Cantamba contou-nos que foi recebida por uma médica franco-polaca, dos Médicos Sem fronteiras, a quem entregou pequenas lembranças que levou de Viana do Castelo (para depois serem entregues aos moradores do campo) e deu conta da vontade que tinha em testemunhar o sofrimento do povo rohingya. O “globetrotter” tinha lá estado há 22 anos, quando o campo teria apenas cerca de 10 mil habitantes e teve ocasião de mostrar (inclusive a vários responsávesi da ONU no campo) documentação fotográfica dessa ocasião.

Como “pendura” do motociclista visitou várias zonas do campo e ouviu, junto dos refugiados com quem contactou, muitas alusões ao português António Guterres (o secretário-geral da ONU), a quem consideram “pai”. Teve ocasião, ainda, de estar na torre de controlo (foto) do campo, cujas ruas e ruelas, estão cobertas de “tijolo burro”, o que minimizar as condições naturais do terreno. No dia em que lá esteve, um pouco chuvoso, estava bastante lamacento.

Entretanto, enquanto esperava a autorização para a visita, teve, ainda, a ocasião de visitar o Nepal e o Tibete (chinês).

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