Grupo Etnofolclórico RENASCER de Areosa encerrou festival

O Grupo Etnofolclório RENASCER de Areosa foi o grupo escolhido para encerrar o Festival Região da Gândara «Renascentia Folklore», em Cantanhede, que pretendeu reativar o movimento da Etnografia e do Folclore em Portugal após praticamente 18 meses de paragem forçada.

Foi um trabalho exaustivo de praticamente três meses, tempo necessário para a sua organização, aprovação, preparação e ensaio que veio provar a possibilidade de realizar eventos de folclore em segurança, cumprindo um elaborado e exaustivo plano de contingência sanitário que cumpriu com os mais altos padrões de segurança ao nível da saúde, que abrangeu não só o público, mas também os artistas e restantes intervenientes do espetáculo.

Além da presença do Grupo Etnofolclórico RENASCER de Areosa, participaram o Grupo de Bombos da Casa do Povo do Paul; o Grupo Folclórico da Corredoura; o Rancho Folclórico da Boidobra; o Rancho Folclórico da Fajarda; o Grupo de Cante Alentejano de Serpa; o Grupo Folclórico Cancioneiro de Cantanhede; as Adufeiras da Casa do Povo do Paul; o Grupo Folclórico de Faro e o Grupo de Caretos de Lazarim, suportados por uma orquestra única, constituída por membros do Grupo de Cantanhede e reforçada com elementos dos grupos participantes e músicos profissionais, que juntaram aos instrumentos tradicionais outros mais contemporâneos, e que lhe acrescentaram, sem dúvida, um valor artístico superior ao nível da sonoridade.

Destaca-se ainda a presença neste evento de três das mais importantes entidades ligadas ao folclore, nomeadamente a Fundação INATEL, Federação do Folclore Português e CIOFF Portugal, que se fizeram representar ao mais alto nível, apadrinhando este evento que pretendeu realçar a importância do folclore no panorama artístico e cultural em Portugal e no mundo.

Durante este dia, carregado de simbolismo para quem vive e acompanha o movimento do folclore ficou patente que todos os intervenientes sentiram que foi nos últimos 18 meses que tiveram a atuação mais importante da sua existência…a atuação de todos, de todas as cores, confinados nas suas casas, cheios de saudades do passado e com imensas dúvidas sobre o futuro, em que o palco passou a ser a sala de jantar de cada um e os aplausos ficaram reservados para todos aqueles que diariamente lidaram com esta pandemia.

Ficou ainda bem vincada a necessidade de o folclore ter de se reinventar, pois a cultura e as tradições nunca podem morrer, cabendo aos grupos folclóricos e restantes associações culturais saber dar a volta a esta situação e proteger a sua identidade e herança cultural.
Este espetáculo provou, uma vez mais, que o folclore existe e nunca desiste, e que aqueles que lhe dão corpo não precisam de dar as mãos para estarem unidos, destacando inequivocamente a resiliência e dedicação do Grupo Etnofolclórico RENASCER de Areosa, que foi escolhido e aderiu a este evento desde a primeira hora, provando que é possível voltar a ensaiar, dançar, cantar e tocar em segurança.

Este evento teve lotação esgotada e encerrou com todo o público e restantes interveniente a cantar a música “Havemos de ir a Viana” ficando o desafio e a vontade de que este espetáculo seja repetido em outros palcos, nomeadamente em Viana do Castelo, terra que se autodenomina como a “capital do folclore em Portugal”.

FELICITAÇÃO
Ao tomarmos conhecimento que Gonçalo Fagundes assumiu o cargo de diretor do A AURORA DO LIMA não podemos deixar de o felicitar e de lhe desejar os maiores êxitos na condução do jornal regional mais antigo do país.

Trata-se de uma personalidade muito conhecida e com larga experiência nos meios culturais e literários, que já vinha substituindo o diretor nos seus impedimentos o que garante a continuidade deste conceituado jornal.

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