IPVC assinala Dia Internacional das Mulheres na Ciência

Na última sexta-feira, dia 11 de fevereiro, o Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC) quis marcar o Dia Internacional das Mulheres na Ciência, com a presença da vianense tenente-coronel, Diana Morais.

“Eu quebro todos os estereótipos das mulheres. Sou engenheira civil e sou militar”, começou por dizer a militar vianense, que estudou na escola de Monserrate antes de ingressar na Academia Militar.

Com raízes familiares na freguesia de Carreço, Diana Morais preside ao Comité da Nato para a perspectiva de género e é a coordenadora do Gabinete da Igualdade do Ministério da Defesa Nacional. Esta estrutura é “pioneira” naquele Ministério, no entanto Diana Morais defende que deverá ser alargada a outros setores, reconhecendo que a “divergência [de géneros] é fundamental em qualquer empresa” ou organização. “Apesar de, desde a criação da Constituiçaõ Portuguesa estar preconizado ser um dever e um direito a igualdade na defesa da pátria, apenas em 2010 as mulheres puderam aderir ao Dia Nacional de Defesa”, acrescenta. 

“Igualdade de género significa que devemos ter iguais oportunidades, os mesmos direitos e deveres”, assegurava Diana Morais. Admitindo que a conciliação com a vida familiar é ainda um entrave à entrada de mulheres nas Forças Armadas, assim como as questões de assédio laboral, embora afirme que “nas Forças Armadas portuguesas, os casos de assédio são residuais”. Contudo, o Ministério da Defesa criou recentemente uma “unidade de prevenção de assédio, que permite que as pessoas possam fazer denúncias”.

O presidente do IPVC reconhecia os números reduzido de mulheres nos cursos de engenharia. Carlos Rodrigues apontava vários fatores para esta situação. Desde logo, as questões históricas. “Não há muitos anos que a frequência de mulheres no ensino superior era baixíssima”, revela o responsável. Acreditando também que “ainda existe o estigma de algumas profissões serem direcionadas para homens”.

“Continuamos a ser um país machista e patriarcal”, assumia Carlos Rodrigues, defendendo que “vamos ter de desconstruir isto para que os cursos de engenharia sejam frequentados por mais mulheres”. Concluindo: “o vosso futuro será bem melhor quantas mais mulheres chegarem a estas profissões”.  

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