Putin não está interessado numa guerra no seu território nem por perto; ninguém está.
Andou a fomentar essa ideia, através de exercícios militares de grande envergadura, para mostrar mais uma vez ao mundo o seu potencial bélico. Imagino que a inteligência russa tenha feito chegar ao ocidente, propositadamente, informações falsas sobre a concretização de um catastrófico ataque à Ucrânia, tantas vezes anunciado e sempre sucessivamente adiado.
Um belo truque para descredibilizar os serviços secretos americanos e ingleses, que por diversas vezes colocaram o mundo em alerta nos últimos tempos. Putin retira agora as suas tropas para as bases de origem, e, como autocrata e ditador que é, ri-se e esfrega as mãos de contente por ter provocado mais uma forte agitação no panorama político mundial, fazendo passar americanos e ingleses por mentirosos.
Uma curiosidade: enquanto USA e UK anunciavam invasões iminentes, o presidente ucraniano repetia incessantemente que tudo estava controlado. O mundo tem estado, cada vez mais, comandado por irresponsáveis, que, por uma qualquer falha, poderão causar uma guerra de consequências imprevisíveis. Perigosos jogos de tabuleiro.
José Carlos Barbosa