Mário Brito de Sá em entrevista

Após a tomada de posse para novo mandato, o autarca de Amonde fala de alguns objetivos para a freguesia. Não esquece a aposta do executivo em afirmar a freguesia como destino turístico de natureza.  

Para além de atrair visitantes, o autarca de Amonde pretende captar mais moradores para a freguesia e inverter a tendência de abandono. 

Mário Brito de Sá renovou o mandato e assegura que tudo fará para manter a gestão da água na Junta.

Que obra importante iniciou ou continua a desenvolver desde a tomada de posse?

Este executivo tem uma estratégia planeada e bem definida para dar continuidade à afirmação de Amonde como uma aldeia voltada para o turismo de Natureza. Foi evidente a nossa aposta na construção de dois parques de lazer, que em apenas quatro anos, são uma referência a nível nacional e além-fronteiras, tendo contribuído para dinamizar o comércio local, promovendo Amonde e freguesias limítrofes. Temos de pensar a aldeia como um todo, pelo que importa continuar a criar condições para a fixação de novos residentes e inverter a tendência de abandono da freguesia. No mesmo espaço de tempo, temos a honra de destacar a fixação de seis novas famílias com a construção de seis novos fogos de habitação. Temos de continuar a nossa luta para a alteração do PDM, instrumento que tanto tem prejudicado a fixação da camada jovem em Amonde.

No nosso entendimento, importa criar condições a todos os níveis, pelo que na estratégia, encontra-se o objetivo de requalificação da rede viária, situação que se tem vindo a concretizar com dezenas de melhoramentos. Destacamos com especial relevo o alargamento e pavimentação da Estrada de Amonde, um dos principais acessos à freguesia pelo lado sul. Queremos que as pessoas nos visitem e sintam a vontade de voltar e quiçá até ficar. Este mandato é portanto um mandato de continuidade, que teve uma clara aprovação do povo nas últimas eleições autárquicas, que reforçaram ainda mais a nossa anterior vitória e que nos motiva ainda mais para levar avante o nosso projeto. Das imensas obras planeadas e em execução destacamos a conclusão das obras na igreja matriz e casa mortuária. São duas obras importantes que o povo ansiava, localizadas junto ao centro cívico da aldeia, que desde o primeiro momento mereceram toda a nossa atenção.

Amonde tem apostado em parques e espaços verdes. Quer continuar a desenvolver esta estratégia?

Conforme antes referido, este é um mandato de continuidade, massivamente apoiado pelos  amondenses. Um dos pilares da minha candidatura é claramente a defesa da natureza e a aposta no desenvolvimento da freguesia de uma forma sustentável.Tivemos uma posição firme e ativa desde o primeiro momento na luta contra a mineração no nosso território. Estivemos presentes em várias manifestações, escrevemos a todos os partidos com representação parlamentar e até nos deslocamos para reuniões na Assembleia da República, sempre conscientes e conhecedores dos efeitos nefastos que tal intenção acarretaria. Não podia deixar de agradecer a toda a minha equipa que esteve comigo nesta e noutras situações. Daí que o investimento nos parques e espaços naturais reforçaram a nossa aposta turística, francamente conseguida, e tornaram-se em paralelo num escudo de defesa do nosso território. Enquanto cá estiver, e sei que tenho o apoio incondicional da minha equipa, não abdicarei desta aposta que é com certeza a melhor para o presente, mas mais importante, assegura o futuro aos nossos descendentes. A natureza no seu estado puro é uma das melhores heranças que podemos deixar.

Quantas associações existem, que atividades desenvolvem e que apoios recebem da Junta de Freguesia?

Temos algumas associações, às quais sempre prestamos apoio, quando as iniciativas favorecem o bem da comunidade. Neste momento, e, felizmente nota-se um regresso à atividade associativa.

Estaremos do lado das associações para apoiar os seus projetos em prol do desenvolvimento dos seus  fins estatutários, que sejam de apoio e desenvolvimento da comunidade.

Pelo que soube existia um Centro de Dia de apoio aos idosos, mas neste momento encontra-se fechado, porque razão? Quando voltará a funcionar?

Amonde nunca teve um centro de dia, mas antes um centro de convívio. O centro convívio ainda se encontra sobre alçada do Centro Social e Cultural de Carreço, que durante a pandemia decidiu encerrar os serviços por questões de segurança e saúde.

Encontra-se em curso o processo de transição da responsabilidade deste centro para Amonde o que depende apenas da resolução burocrática.

Amonde tem água própria com grandes investimentos da Freguesia, acha que a ADAM vai gerir a rede de água?

A água é um bem essencial para a vida do ser humano. É portanto um assunto delicado que temos de ter sempre no centro das decisões. Herdamos esta rede de abastecimento domiciliária, que já conta com várias décadas, sendo de extrema  importância para todos os residentes. A gestão deste bem pela junta de freguesia, pelo que de mim e da minha equipa depender, é para  continuar. A água é nossa e assim continuará a ser.

Uma das promessas eleitorais era a construção de uma piscina. Para quando?

Temos um plano ambicioso para levar a cabo nos próximos anos, pois foi assim que nos propusemos aos amondenses. Falar na piscina é bastante redutor, pois o nosso programa apresenta uma requalificação de todo o centro cívico de Amonde, dividido por fases, atento ao elevado investimento que se estima. A piscina insere-se no complexo a edificar onde se destacam outras valências, como por exemplo um auditório, sede da junta de freguesia e associações a até um ginásio. Com a edificação deste complexo, colmataremos a falta de um edifício público, acessível e polivalente. Todo este planeamento encontra-se devidamente articulado com os demais equipamentos e espaço público circundante perfazendo mais de um hectare. Estamos a falar de todo um arranjo urbanístico que vai ordenar o trânsito e as diversas áreas pedonais, onde os transeuntes poderão desfrutar de diversos equipamentos propostos, nomeadamente desportivos, geriátricos, lazer e recreio.  

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