Novo livro sobre a tradição da cerâmica na nossa Freguesia

A publicação de um novo livro veio enriquecer culturalmente a vila de Alvarães.
Nos últimos anos têm sido publicadas obras que falam dos usos, costumes, tradições e vivências deste povo, que tem uma história rica e que vem de muito longe. As nossas festas que nos remetem para a essência da vida e da nossa religiosidade, a beleza da natureza, o engenho e a arte dos alvaranenses e agora um livro que se centra no trabalho e na vida dura e difícil deste povo.

O presente livro “Alvarães terra da cerâmica” fala-nos do barro e do caulino, minérios abundantes e explorados no subsolo de Alvarães desde o tempo dos Romanos e que teve o apogeu da exploração na primeira metade do século XX, época áurea quando ali laboravam oito fornos cerâmicos.

A obra foi apresentada ao público no dia 31 de julho, tal como estava previsto na zona da Telheira, lugar da Costeira, em Alvarães, tendo por cenário um forno recuperado pela autarquia em 2019.

Com a presença dos autores, José Maria Miranda Pinto, Marcial Passos e Jaques Torres, a mesa de honra era ainda composta pelos representantes autárquicos, da Câmara Municipal e da Junta de Freguesia, do Pároco, Monsenhor António Gonçalves e pelo apresentador do livro, Dr. Henrique Rodrigues. De referir as palavras do Sr. presidente da Câmara, Eng.º José Maria Costa que elogiou o conteúdo do livro, a capacidade de trabalho e persistência do povo de Alvarães e a escolha do local para o lançamento da obra – ali, naquele sítio carregado de recordações e de memórias para os telheirenses.

As cadeiras para a assistência foram colocadas espaçadas numa vasta zona, outrora a eira de apoio ao forno e todas as normas e regras de higiene e segurança foram cumpridas na íntegra.

A Telheira, vocábulo que deriva de “tegula”, telha, era uma zona pobre e muito populosa desta freguesia, hoje vila. Os ganhos que tiravam deste árduo trabalho eram quase “miseráveis”. Hoje, a Telheira é diferente, a paisagem humanizada denota evolução e progresso com boas casas e boas condições de vida para maioria dos seus habitantes.

A este período pobre vivido na Telheira seguiu-se a industrialização com o aparecimento das cerâmicas, a Fábrica Campos, a Ceral e a Rosas de que também hoje apenas se guardam recordações. A evolução tecnológica e os tempos em constante mutação levaram também ao seu desaparecimento destas indústrias.

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