O choro e a guerra

O choro é bem igual em toda a parte, 

o choro é universal e imprevisível, 

chorar é chegar ao limite do possível,

o choro fecunda a Terra e talvez Marte.

Chorar é ser impotente para remediar

os males que vão destruindo a quimera.

Chorar é não poder suster a vil guerra 

e sofrer a dor de quem vive a penar.

E ter os punhos algemados ao ver os canhões 

vomitando o hediondo fogo destruidor.

E ficar petrificado perante tanto horror,

poisar o olhar nos homens frios dos galões.

Que os generais cantem louvores 

a quem quer coabitar livremente, 

que acabem com as guerras para sempre 

e metam nos tanques lindas flores.

Aplicai a pólvora em lindo fogo de festa 

para alegrar este mundo cheio de dissabores.

Acabai, para sempre, os ataques destruidores 

e fazei dos cruzadores barcos de pesca.

Vereis que o choro será bem desigual 

porque será de alegria e comoção.

Viveremos em harmoniosa união 

num mundo para todos, belo e fraternal!

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