“O envelhecimento não é um problema, mas antes um desafio maior”

Vários especialistas na área do envelhecimento reuniram-se na última sexta-feira, dia 05, na Escola Superior de Educação (ESE) do Politécnico de Viana do Castelo para apresentar os resultados de um estudo sobre o envelhecimento. Investigadores de três institutos portugueses elogiam os programas municipais de integração dos idosos.

“Um dos aspetos impressionantes deste estudo é que quanto mais velho, mais as pessoas ganham com a participação nos programas de intervenção autárquica. Ganham em termos de bem-estar, porque a variável na área da saúde ainda está por verificar”, referia uma das investigadoras.

Alice Bastos, que foi também a organizadora principal da conferência “Longevidade, Envolvimento Social e (In)Capacidades” manifestava: “o estudo reúne 150 participantes, 50 de cada território. Grande parte dos investigados fazem atividade física e comparámos com outro grupo, equivalente em termos de género e grupo etário, e que não fazem atividade física, e aí a diferença é notória. As pessoas que estão nos programas e atividades têm melhores indicadores de qualidade de vida e bem-estar.”

O projeto de investigação, AGENortC 2019, é subsidiado pela Fundação da Ciência e Tecnologia e também pelo Quadro 20/20 e reúne todas as escolas que fazem investigação em gerontologia: a Escola Superior de Educação, a Escola Superior de Saúde de Bragança e a Escola Superior de Educação de Coimbra.

O diretor da ESE falava da aposta desta instituição nos estudos gerontológicos. “Há 15 anos fizemos um grande investimento na área do envelhecimento. Passados 15 anos estamos muito satisfeito, seja na investigação produzida, seja nos ciclos de estudo.
Neste momento, temos três ciclos de estudo. Um que não confere grau, uma licenciatura e um mestrado ligado ao envelhecimento e isso tem-nos permitido que esta área ganhe uma dimensão e hoje posso dizer que é um dos pilares fundamentais da nossa escola”, explicou Carlos Sá.

O presidente do IPVC falava da relevância do assunto. “O envelhecimento é um centro prospetivo, porque é uma das preocupações maiores das sociedades contemporâneas”, dizia Rui Teixeira.

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