O Voleibol Clube de Viana quer “estrutura fixa” junto ao Parque da Cidade

Prestes a completar 25 anos, o clube destinado em exclusivo ao voleibol, indoor e outdoor, pretende consolidar a atividade.

Com cerca de 150 atletas distribuídos por vários escalões da modalidade, e em equipas femininas e masculinas, o Voleibol Clube de Viana foi também afetado pela pandemia do novo coronavírus. Com a época terminada, o clube incentiva, através das redes sociais, à prática de exercícios em casa.

A Aurora do Lima (AAL): Há quanto tempo existe o Voleibol Clube de Viana?
Paulo Alves (PA): O Voleibol Clube de Viana faz no dia 10 de junho de 2020, exatamente 25 anos. Foi constituído enquanto associação desportiva, por escritura pública celebrada no dia 10 de junho de 1995 no 2º Cartório Notarial de Viana do Castelo.

AAL: Por que decidiram criar este clube? Quem o fundou?
PA: Socorro-me para o efeito de duas entrevistas publicadas no “Jornal de Notícias” na sua edição de 07 de julho de 1995 e também no “A Aurora do Lima”, na sua edição de 03 de novembro de 1995 ao então presidente da direção e fundador do Voleibol Clube de Viana, Fernando Caeiro. Conforme é referido nessa entrevista, o Voleibol Clube de Viana (VCV), tem a sua génese na secção de voleibol do Sport Clube Vianense (SCV), existente à época, cuja Comissão Administrativa em funções, não aceitou a autonomização da referida secção de voleibol, pretendendo antes a sua manutenção na estrutura do SCV. A necessidade de uma gestão diferente para o desenvolvimento da modalidade de voleibol, levou então a que um conjunto de responsáveis dessa secção de voleibol do SCV, com pais de atletas e antigos atletas de voleibol, avançassem para a criação de um novo clube de voleibol, exclusivamente dedicado à aprendizagem e prática desta modalidade. Ficava assim definido o novo clube como um clube-escola, dedicado fundamentalmente à formação dos jovens no âmbito da atividade desportiva na modalidade do voleibol. O VCV teve como fundadores e primeiros corpos sociais, um conjunto de amigos e apoiantes da modalidade de voleibol e à data igualmente pais de atletas voleibolistas, bem como antigos atletas. (…)

150 PRATICANTES
AAL: Dedica-se em exclusivo ao voleibol?
PA: O VCV dedica-se exclusivamente à formação e prática de voleibol, nas suas diferentes vertentes de pavilhão, ar livre e praia (indoor e outdoor). Desenvolve ainda formação nesta modalidade junto da comunidade escolar, através do projeto da Federação Portuguesa de Voleibol denominado Gira-Volei.

AAL: Quantos atletas? De que idades?
PA: Em média, são cerca de 150 atletas, femininos e masculinos, inscritos e federados na Federação Portuguesa de Voleibol, em cada época desportiva. Os escalões etários vão variando, sendo mantidos normalmente os seguintes escalões etários, a iniciar pelos mais jovens, entre os oito anos e os 10, numa atividade designada como pré-desportiva, seguindo-se os Minis A, Minis B, Infantis, Iniciados, Juvenis, Cadetes, Juniores A, Juniores B (sub-21), Seniores e Veteranos. No escalão sénior participam atletas com 19 anos ou mais e no escalão veterano atletas com 35 anos ou mais. É para nós um orgulho sermos um dos clubes nacionais que tem mantido mais escalões ao longo dos anos. Em alguns anos fomos mesmo o único clube nacional que teve todos os escalões de formação em funcionamento nos campeonatos masculinos e femininos. Atualmente o VCV tem, para além dos escalões de formação atrás referidos, duas equipas seniores – feminina e masculina e uma equipa de veteranos masculinos, constituída fundamentalmente por antigos atletas.

AAL: Em que competições participam?
PA: As competições oficiais são organizadas pelas Associações Distritais, que no caso do VCV poderão ser as Associações de Viana do Castelo, Braga ou Porto, conforme o número de equipas inscritas em cada escalão, e também organizadas pela Federação Portuguesa de Voleibol. (…) As equipas seniores, feminina e masculina, disputam os respetivos campeonatos nacionais, respetivamente da III Divisão e I Divisão Nacional. A equipa de Veteranos disputa as competições organizadas no âmbito do INATEL.

COVID_19
AAL: Tem alguma sede? E espaço de treino?
PA: O VCV utiliza como sede administrativa desde a sua fundação, uma sala no 1.º andar do Pavilhão Desportivo Municipal de Santa Maria Maior. Esta utilização resulta de um protocolo celebrado com o Município de Viana do Castelo, sob o qual é cedida ao VCV a utilização do referido espaço para a sua sede. Relativamente a espaços de treino, os mesmos decorrem regularmente no Pavilhão Desportivo Municipal de Santa Maria Maior. (…)

AAL: Esta pandemia afetou o clube?
PA: A pandemia que estamos a viver paralisou totalmente a atividade do VCV. Primeiramente, foi interrompida toda a atividade nos escalões de formação (…). Posteriormente, foi também cancelada toda a restante atividade (…). Neste momento, todas a atividades do VCV encontram-se terminadas no que diz respeito à época 2019/2020. Temos procurado através das redes sociais, incentivar os atletas ao desenvolvimento e alguma atividade física em casa.

AAL: Quais são os objetivos futuros?
PA: Os objetivos futuros passam pela estabilização da estrutura do VCV (…). Alargar a base de recrutamento de sócios atletas (…). Levar o voleibol às escolas (…). Criar uma estrutura fixa que permita o desenvolvimento de atividade de voleibol ao ar livre, numa área junto ao Parque da Cidade e Praia do Prior, onde, nos meses de interrupção da atividade nos pavilhões, nos meses de julho e agosto, possa ter seguimento a Academia de Praia, com ocupação dos atletas no desenvolvimento do voleibol ao ar livre e de praia. Estabilizar e manter aquele que é o maior e mais importante acontecimento de voleibol em Viana do Castelo – o Viana Volley Cup (…). Por último, garantir a continuidade do projeto iniciado com a equipa sénior feminina na época que agora terminou devido à pandemia (…) No que diz respeito à equipa sénior masculina, que na próxima época de 2020/2021 irá disputar pela 5.ª época consecutiva o Campeonato Nacional da 1.ª Divisão, pretende-se que seja conseguido manter esta referência no voleibol el Viana do Castelo, como um marco importante para a cidade e também para todos os jovens amantes desta modalidade.

ESTREITA COLABORAÇÃO
AAL: E as necessidades?
PA: Quanto às necessidades, não podemos deixar de referir a estreita colaboração que tem havido por parte do Município de Viana do Castelo e do seu pelouro do Desporto. O Município de Viana do Castelo, tem mantido uma aposta forte na área desportiva em variadas modalidades, sendo que se assume como um garante, quer nos aspetos logísticos quer ao nível do apoio financeiro, a toda a atividade desenvolvido pelo VCV. Contudo, nem sempre estes apoios ocorrem nos tempos mais oportunos e necessários, levando por vezes a enfrentar algumas dificuldades pontuais. Os restantes apoios dos nossos patrocinadores e amigos, são também muito importantes e por isso temos de estar agradecidos pela confiança que têm depositado no VCV (…).

APOIOS
AAL: Contam com algum tipo de apoio?
PA: Como atrás referido, os apoios que o VCV recebe, têm origem fundamentalmente através do Município de Viana do Castelo e das empresas amigas do VCV que com os seus patrocínios contribuem de forma decisiva para a estabilidade financeira do clube. Entre essas empresas que têm estado com o VCV, permitimo-nos destacar, entre outras igualmente apoiantes, as seguintes: Casa Peixoto, Meadela Peças, Hotel Axis, Boaventura e Boaventura, West-Sea – Estaleiros Navais, Hotel Feelviana, Fundação Caixa Agrícola do Noroeste, Edimavil, Miminhos aos Avós, Viana – Print, Ginásio Meadela-Gym, Auto-Rabal, Intermarché – Mazarefes, Reabilitar Viana, Dental, Biojaq, Agostinho Malheiro Coelho, Tornearia Cerveirense, Agrupamento de Escolas de Monserrate, Agrupamento de Escolas de Santa Maria Maior, União de Freguesias de Santa Maria Maior, Monserrate e Meadela, Microdi – Informática, Ginásios Fitness up, Restaurante O Prior, Restaurante Bamos Ó Mendes e Restaurante Melro. Os associados atletas e os associados não atletas têm também um importante contributo pela forma regular como procedem ao pagamento das suas quotas.

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