Os placards na praia da Amorosa

A União Europeia, mais uma vez, vai ser grata perante Portugal, no intuito de ceder mais dinheiro, no valor equivalente a 15 biliões de euros, para ajudar a economia portuguesa na sequência da recente crise pandémica relacionada com o coronavírus.

Acontece que, quantos portugueses do comum dos mortais, saberão imaginar onde irá cair essa dezena e meia de biliões de euros? Sabendo-se que, divididos pelos 10 milhões de portugueses, receberiam 1,5 milhões cada um? Mas, jamais, isso acontecerá.

Ver um caso de obras sem futuro aparente. A Polis Litoral Norte, aplicou quase 1,5 milhões de euros na empreitada de proteção do “sistema” costeiro na praia da Amorosa.

Segundo o exposto nos placards, mostra a imagem, em sacos de areia numa extensão com menos de 400 metros, desfigurando por completo a praia de areia prateada na Amorosa antiga. Um lugar de Chafé à beira mar, nascido em 1911. Faz 109 anos. História contada há nove anos numa edição do semanário A Aurora do Lima.

Na agora praia da Amorosa desfigurada e sem dignos acessos ao areal, foram aplicados 1.445 870,21 euros. Tendo havido trabalhos complementares no valor de 169 910,50 euros. Ora que o custo total elegível era de 1.316 706, 18 euros. Além disso, a União Europeia contribuiu com 1.120 675,79 euros. Sendo o apoio financeiro público de apenas 196 030,39 euros.

Resumindo: Que duração terão os sacos de areia frente ao mar Atlântico? Ver cinco, 10 anos? Só os Santos saberão.

Ora, se, todo esse dinheiro fosse aplicado em obra a lembrar os nossos antepassados, os quais construíam para o futuro, melhor seria um paredão em toda aquela extensão. Isso sim, valia dar uma excelente nota positiva àquela obra. Assim não!

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