Partirei…!

Partirei, um dia, rumo a não sei onde,

levado por forças invencíveis, duras…!

Por mais que alguém fuja, sempre em vão se esconde

dessa lei que mata as débeis criaturas…!

Do que aqui deixei ou levarei comigo

fica uma incerteza que me não diz nada…!

Só sei que, amanhã, eu já serei um ido,

uma sombra esquiva, ou folha desgarrada…!

Se me perguntarem qual o meu destino,

só mudo silêncio é que responderá…!

Talvez algum dobre – triste voz do sino –

ouse algo dizer a quem ficou por cá…!

E partirei eu, sem guia ou horizonte,

errando talvez em busca da saída…!

Resvalando ao vale, ou escalando o monte,

a querer saber onde está minha vida…!

E fico cismando sobre o escuro Além,

implorando Luz a quem ma puder dar…!

Triste – ai! É tão triste, a quem só trevas tem,

dizer “partirei” mas sem saber lugar…!

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